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Opep pode reduzir a oferta de petróleo em resposta às quedas em mais de 1 milhão bpd

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) estaria considerando reduzir a oferta de petróleo no mercado internacional nesta quarta-feira (05) em resposta às quedas do combustível fóssil nos últimos meses. 

A informação partiu do jornal Reuters. Segundo fontes, a Opep+ estaria preparando um corte de 1 milhão de barris por dia (bpd), representando 1% da oferta total de petróleo atualmente. 

Além disso, caso aconteça, será a maior atitude para proteger a oferta de petróleo desde o início da pandemia de COVID-19 em 2020, quando o corte foi de 10 milhões bpd conforme a demanda despencou e as pessoas praticaram o isolamento social. 

O movimento seria uma resposta as baixas da commodity no mercado internacional. Com o início da guerra na Ucrânia, o barril de brent chegou a disparar para US$ 130, mas hoje está sendo negociado a US$ 88. 

A baixa não está relacionada a um suposto fim do conflito no leste europeu, mas um movimento de mercado que acompanha os medos de uma recessão global. Enfrentando altas taxas de inflação, a Zona do Euro e Estados Unidos deram início a uma curva de juros. 

Nos EUA, as últimas três reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) ajustaram as taxas variáveis de juros em 75 pontos-base. Hoje, elas estão em um intervalo variável entre 3,00% e 3,25%. 


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Petróleo cai mais de 5% com recessão e alta dos juros no radar


Uma redução na oferta e potencial alta da commodity não deve agradar economias como os Estados Unidos por motivos geopolíticos. O governo norte-americano já pressiona hoje a Arábia Saudita, que considera cortes em suas produções, a manter a oferta elevada. 

Isso porque um petróleo mais barato significa menos receitas para o governo da Rússia, que hoje é alvo de intensas sanções econômicas, mas consegue se sustentar graças ao fortíssimo mercado energético. Uma commodity forte, porém, pode significar o oposto e um mercado europeu, por exemplo, que passa por uma crise energética, ainda mais apertado. 

Nos Estados Unidos, as recentes desacelerações na inflação foram altamente influenciadas pelas quedas dos combustíveis nos meses recentes. Por isso, o país está em uma posição confortável quanto à commodity em ritmo de queda, embora membros da Opep+ classifiquem como “descontrole”. 

Segundo a Reuters, existe o risco de o corte na oferta ser acompanhado por uma redução voluntária na produção pela Arábia Saudita, que oficialmente não se posiciona contraria a Rússia quanto a guerra na Ucrânia. 

A reunião da Opep+ está marcada para acontecer nesta quarta-feira (25) em Viena. Será o primeiro encontro oficial presencial desde o início da pandemia em 2020. 


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Juan Tasso - Smart Money

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