A política de preços em paridade de importação (PPI), em vigor hoje na Petrobras, será discutido no final de abril. É o que diz o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista ao Globo News.
“O tal PPI é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, o Preço de Competitividade Interno”, defendeu o ministro.
A discussão acontecerá na assembleia ordinária marcada para acontecer no dia 27 de abril.
“A Petrobras vai continuar sendo respeitada na sua governança, vai continuar sendo respeitada na sua natureza jurídica. Mas nós vamos exigir da Petrobras, como controladores da Petrobras, que ela respeite o povo brasileiro”, afirmou o ministro.
A política de PPI faz com que a petroleira siga os custos energéticos do mercado internacional. Além de ficar sensível à variação do mercado, o custo do Dólar também impacta os preços para o consumidor brasileiro.
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No ano passado, após o início da guerra na Ucrânia, a gasolina chegou a custar R$ 7 por litro na média nacional. Hoje, está custando R$ 5,48, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP).
Para o ministro, a estatal não deixará de ser impactada pelos cenários externos, especialmente em momentos de crise. Segundo ele, porém, a Petrobras tem “muito a contribuir” na sociedade brasileira. A ideia é manter a competitividade da petroleira enquanto preserva o consumidor.
Silveira também chamou a atenção para a última decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que decidiu pelo corte de até 1,6 milhão de barris por dia (bpd) na oferta global de petróleo até o fim do ano.
Para o ministro, é importante que a Petrobras não fique “suscetível” às decisões do cartel.
O movimento do bloco de países produtores da commodity deve impactar positivamente nos custos do petróleo globalmente. Em outubro, outro movimento semelhante fez oficiais norte-americanos defenderem uma maior independência do cartel através da construção de novas refinarias.
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