De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina nos postos atingiu R$ 7,27 por litro na semana passada, sendo que em alguns lugares, como São Paulo o preço passa de R$ 8,50.
É o maior preço médio registrado na história do levantamento da ANP, que teve início em 2004.
É a terceira semana de altas consecutivas nos preços da gasolina. O recorde anterior havia sido registrado entre os dias 13 a 19 de março, pouco após a Petrobras anunciar o último ajuste nos preços dos combustíveis nas refinarias.
Os dados fazem parte da pesquisa semanal realizada pela ANP. De acordo com os dados publicado hoje, o diesel, que também seguiu a tendência de alta da gasolina, atingiu um preço médio de R$ 6,600 por litro.
A gasolina está mais cara para o bolso do brasileiro, e não é por acaso. No mundo todo, o mercado energético, principalmente o de petróleo e gás natural, sofreu fortes pressões após o início da guerra na Ucrânia.
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Os preços que chegam ao consumidor brasileiro dependem de alguns fatores externos e domésticos. Internamente, os impostos, como o ICMS estatal, e os preços de distribuição, adicionam nos valores finais dos postos de gasolina.
Nos últimos meses, porém, o assunto é externo. Com o início da guerra, o barril de brent, do Mar do Norte, chegou a disparar acima de US$ 135 por barril. De acordo com dados desta quarta-feira (27), o valor está em US$ 105, ainda muito acima dos patamares registrados antes do conflito no leste europeu.
Atualmente, os preços definidos pela Petrobras dependem da variação internacional dos preços do petróleo. Além disso, como a commodity está indexada ao Dólar, o desempenho do Real também impacta os preços que saem das refinarias.
O último reajuste promovido pela estatal foi no dia 10 de março, quando a gasolina subiu 18,8%, atingindo R$ 3,86 por litro, e o diesel subiu 24,9%, para R$ 4,51.
Abaixo, acompanhe a variação dos preços da gasolina nas refinarias: