O presidente do Credit Suisse, banco suíço de investimentos, e uma das instituições financeiras mais conhecidas do mundo, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (17). Antonio Horta-Osorio está sendo acusado de quebrar regras de controle da pandemia.
Segundo uma investigação interna, o então presidente do banco havia participado das finais do Wimbledon em julho do ano passado, momento crítico da pandemia no Reino Unido, desrespeitando as regras de saneamento básico.
Poucos meses depois, em novembro, Horta-Osorio teria desrespeitado a regra de dez dias mínimos de quarentena na Suíça antes de viajar para outro país. As investigações foram apontadas pela revista Reuters.
“Lamento que várias das minhas ações pessoais tenham levado a dificuldades para o banco e comprometido minha capacidade de representá-lo interna e externamente. Portanto, acredito que minha demissão é do interesse do banco e de seus acionistas neste momento crucial”, diz ele em uma nota divulgada pelo banco.
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Horta-Osorio estava a apenas nove meses na presidência do Credit Suisse. Quando assumiu no ano passado, ele havia prometido um mandato marcado pela prestação de contas e por uma “cultura de responsabilidade”.
A curta história do executivo no Credit Suisse já não havia tido um começo fácil. O banco ainda lida com a implosão da Archegos e a insolvência da Greenshill Capital. Ambas as crises geraram prejuízos de bilhões de dólares para o banco suíço.
Segundo o agora presidente do colegiado, Axel Lehmann, o Credit Suisse não deve alterar seus planos estratégicos para o futuro. Lehmann, que já passou mais de duas décadas no Zurich Insurance Group, disse que o atual presidente-executivo, Thomas Gottstein, é “central para nossa capacidade de continuar a transformação juntos”.
Foto: Reuters / Reprodução