Em mais um dia de CPI, os senadores devem ouvir o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Entre os tópicos a serem abordados pelos membros da comissão, estão a crise em Manaus, negociação de vacinas e promoção de medicamentos sem eficácia comprovada.
O Senado Federal aprovou ontem (18) com alterações a MP sobre renegociação de dívidas usando o FNO, FNE e FCO. O texto deve voltar à Câmara de Deputados.
A economia global mais uma vez sente o impacto do aumento da inflação nos Estados Unidos. Em dia de expectativas quanto às atas da reunião do FOMC, economistas temem que o aumento da taxa de juros no país esteja mais próximo de acontecer do que o previsto.
Esses e outros destaques você confere agora.
CPI DA COVID: PAZUELLO DEPÕE HOJE
Marcando a terceira semana de depoimentos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve começar a ouvir o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pela manhã. O ex-ministro estava no comando da pasta da Saúde quando a crise de oxigênio em Manaus estourou.
A diferença desse depoimento para os outros é que o ex-ministro está de habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que dá o direito para ele ficar em silêncio durante certas perguntas que, em sua avaliação, podem vim a incriminá-lo.
Mesmo assim, existe uma alta expectativa quanto a assuntos que envolvem a crise na Amazônia, negociação de vacinas contra COVID-19, e a existência de um possível “Ministério da Saúde paralelo”, vagamente confirmado pelos outros dois ex-ministros da saúde, Mandetta e Teich.
A situação de Pazuello se agravou com o depoimento do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, feito ontem (18) para os membros do Senado. O ex-ministro jogou boa parte das responsabilidades da negociação de imunizantes para o colo do Ministério da Saúde.
Segundo o ex-ministro, o Itamaraty recebia orientações diretamente da pasta da Saúde para a negociação de vacinas.
A semana que já é vista como desgastante para o Planalto se agravou na manhã desta quarta-feira (19). Agora a pouco, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento preventivo de ocupantes de cargos de confiança no Ministério do Meio Ambiente, incluindo o presidente do Ibama. A pasta chefiada por Ricardo Salles passa por busca e apreensão da Polícia Federal (PF) por suspeita de corrupção, com quebra de sigilo bancário do ministro.
SENADO EDITA MP SOBRE RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS E PROJETO VOLTA À CÂMARA
O Senado Federal aprovou ontem (19) com alterações a Medida Provisória (MP) 1.016/2020, que prevê a renegociação de dívidas extraordinárias usando os fundos constitucionais do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste (FNO, FNE e FCO).
Agora, a proposta volta à Câmara dos Deputados. Os membros da casa devem analisar a proposta até o dia 27, dia de vencimento da MP. Caso passe do prazo, a proposta caduca.
As alterações feitas pelo Senado ampliam as condições de renegociação do crédito rural para todos os tipos de dívidas subsidiárias, e as contratadas em bancos federais.
A renegociação permite descontos de até 90%, valor que depende do porte do beneficiário, nos empréstimos que tenham se tornado inadimplentes em até 2018. O prazo de pagamento é de até 120 meses.
AGENDA
Às 3h da manhã, foram publicados os dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Reino Unido. O índice ficou de acordo com as expectativas, e fechou em 0,6% para o mês de abril. É a maior variação mensal desde agosto de 2018.
Às 6h da manhã, dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro foram publicados pela Eurostat. A inflação no bloco ficou em 0,6% em abril, uma desaceleração comparado com os 0,9% de março.
Às 11h30, são publicados dados de estoques de Petróleo Bruto nos Estados Unidos.
Às 15h, são publicadas as atas da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos EUA.
BOLSAS E CÂMBIO
Em dia de expectativas quanto às atas da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), os mercados iniciam a manhã registrando quedas nos principais índices.
O medo de investidores é que o recente período de fartura, impulsionado por juros baixíssimos nos EUA, seja esfriado com o aumento de juros básicos. Isso porque os dados da inflação surpreenderam as projeções, indicando que um aumento nas taxas pode acontecer mais cedo do que esperam.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): –1,15%, indo a 437,96 pontos
- DAX (GDAXI): -1,33%, indo a 15.182,65 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -1,06%, indo a 6.959,75 pontos
- CAC 40 (FCHI): -1,00%, indo a 6.289,96 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,85%, indo a 24.669,50 pontos
Acompanhando o mercado global, os índices asiáticos fecharam registrando baixas. Além da reunião do FOMC, a alta nos casos de COVID-19 na Ásia continua sendo um fator de preocupação.
Com a nova alta, medidas de restrição podem vir a acontecer, prejudicando o abastecimento de combustível e paralisando a economia.
- Hang Seng (HK50): +1,58%, indo a 28.589,00 pontos (FECHADO)
- KOSPI (KS11): +1,23% , indo a 3.173,05 pontos (FECHADO)
- Shanghai Composto (SSEC): -0,51%, indo a 3.510,96 pontos
- Nikkei 225 (N225): -1,28%, indo a 28.044,45 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,30%, indo a 5.172,27 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: -1,27%, indo a 13.044,38 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,67%, indo a 33.768,50 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,86%, indo a 4.087,62 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (19):
- Às 9h03, o Dólar subiu +0,30%, a R$ 5,26
- Às 9h03, o Euro subiu +0,64%, a R$ 6,64
Foto: Agência Brasil / Divulgação