É comum encontrar um cidadão que costuma investir seu dinheiro e que já depositou um valor na caderneta de poupança uma vez na vida, uma vez que ela é o investimento predileto dos brasileiros, pois é reconhecida como uma aplicação de baixo risco, alta liquidez, baixo retorno e pode ser feita de forma fácil: um depósito em um banco ou corretora. No entanto, ainda vale a pena investir na poupança?
Quanto rende a poupança?
Antigamente, o rendimento da poupa nça era fixo em 0,5% ao mês. No entanto, no ano de 2012, uma grande reforma na economia mudou esse cenário: O rendimento da poupança hoje é definido com base na Taxa Selic e na Taxa Referencial (TR), o que fez com que o investimento se tornasse menos rentável para o investidor.
Quando a taxa básica de juros do país está em um patamar até 8,5%, a caderneta de poupança passa a render 70% desse valor. Caso a Selic ultrapasse os 8,5%, a poupança passa a render 0,5% mais a Taxa Referencial.
Considerando o patamar de 2,0% da Taxa Selic, a poupança rende, ao ano, 1,40%. Como a poupança não oferece rendimentos diários, isso significa que é preciso considerar os ganhos em taxas mensais e anuais. Portanto, sempre que você retirar sua aplicação da poupança antes da data de aniversário do depósito é possível que perca rentabilidade.
Exemplos
Levando em conta o rendimento citado acima, caso você tenha aplicado R$ 100 na poupança no dia 25 de janeiro, por exemplo, e não fez nenhum outro depósito, ao final de um ano, o valor com o rendimento será de R$ 101,40.
Para entender o rendimento mensal com o percentual de 1,40%, basta dividir esse valor por 12, equivalente aos 12 meses do ano. Feitos os cálculos, o resultado será um rendimento de 0,116% ao mês.
Sendo assim, com base nos dados acima, se esse depósito de R$ 100 for mantido na conta, a cada mês você receberá em torno de R$ 0,11 de rendimento.
O ponto negativo para o investidor é que os bancos podem alterar essa taxa, o que impede a concessão de taxas de juros diferenciadas para a poupança.
Vantagens, a poupança possui três grandes vantagens, são elas:
- Baixo custo: não tem custo inicial nem taxas de administração. Você deposita um valor e, a partir daí, recebe o rendimento mês a mês.
- Isenção de Imposto de Renda: ao contrário de alguns investimentos em renda fixa, os rendimentos obtidos com a poupança não têm incidência de IR.
- Facilidade e segurança: você pode fazer um depósito a qualquer momento e realizar o saque a qualquer dia, recebendo de volta o valor imediatamente em sua conta do banco ou corretora. Há, ainda, a garantia do Fundo Garantidor de Crédito à caderneta.
Desvantagens, nem tudo são flores quando se trata de poupança. Eis as desvantagens:
- Inflação: é um investimento prático e seguro, mas quando a aplicação briga para superar a inflação, é melhor ter o pé atrás.
- Rendimento: é muito pequeno e não há perspectivas de melhoria.
- Remuneração: apesar da alta liquidez, a remuneração da poupança é apenas mensal, no dia do “aniversário” do aporte. Se você decidir resgatar o saldo de uma hora para a outra, pode perder todo o rendimento dos últimos dias.
Conclusão: se você quer poupar dinheiro, a caderneta de poupança é um caminho bastante seguro. Contudo, se você busca investir para obter ganhos maiores, é recomendável observar alternativas como CDB, LCI, LCA ou Tesouro Direto.