O fim de ano no Brasil é conturbado. Atrasos marcam o governo federal, que ainda não apresentou reformas fiscais e anúncios sobre a extinção, ou não, de programas como o auxílio emergencial. A situação fiscal do Brasil depende da resolução destes problemas, para que o país siga no rumo do crescimento econômico.
Além disso, o Ministério da Saúde segue sem um plano preciso de imunização da população brasileira contra COVID-19. O país já tem quase 180 mil mortos pela doença.
Esses e outros destaques você confere agora.
S&P MANTÉM NOTA DA DÍVIDA BRASILEIRA
Mesmo com perspectivas positivas na economia, a Standard & Poor’s (S&P), agência de classificação de risco, manteve o Brasil no rating BB-. A decisão foi divulgada na noite de quinta-feira (10).
Segundo a agência, o PIB brasileiro deve retrair 4,7% em 2020, e crescer 3,2% em 2021.
A S&P diz que o futuro das contas públicas do país é incerto. O Brasil ainda precisa de reformas fiscais para retomar o crescimento econômico, além de resolver pautas como a do auxílio emergencial e o crescente número de casos de COVID-19, que pode provocar outra estagnação no país. Há 8 meses atrás, o Brasil saiu da perspectiva de positiva para estável.
A PANDEMIA NO BRASIL
O Brasil registrou 769 mortes nas últimas 24h, chegando a 179.801 óbitos por COVID-19. 53.425 novos casos foram registrados ontem, chegando a 6.783.543 no total.
A média móvel de número de óbitos subiu em 35% se comparado com a média de 14 dias atrás. Segundo o CONASS, 21 estados brasileiros registram alta na média móvel de óbitos.
Confira as notícias relevantes sobre a doença no país:
O governo do Rio de Janeiro, estado onde a fila por um leito de UTI por COVID-19 já passa de 500 pessoas, anunciou na quinta-feira (10) uma série de medidas de restrição para conter o avanço do vírus. Está proibido o uso de áreas comuns de condomínios, além da aprovação de um escalonamento no horário de funcionamento do setor industrial.
Na sexta-feira (4) passada, o estado havia aprovado uma medida que deixa os shoppings funcionando 24h, dissolvendo o movimento.
Embora as medidas busquem conter o vírus, cinemas, museus, comércio e praias continuam abertos.
O Brasil confirmou ontem o primeiro caso de reinfecção da doença no país. Uma profissional da saúde de 37 anos, moradora de Natal, registrou a primeira infecção por COVID-19 em junho, e a segunda em outubro. Segundo o Ministério da Saúde, a médica se infectou com duas linhagens diferentes do vírus.
Na quinta-feira (10), o governo aprovou a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer (PFE), a mesma que já começou a atuar no Reino Unido. A distribuição ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ainda é incerto saber quando o Brasil vai receber um plano de imunização da população, mesmo com a sinalização de compra da vacina da Pfizer (PFE).
O mês de novembro, e início de dezembro, foram marcados por brigas entre o governador João Dória (PSDB) e o governo federal, incluindo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Dória anunciou um plano de imunização para o estado de São Paulo pela vacina CoronaVac, desenvolvida pela SinoVac em parceria com o Instituto Butantan.
A CoronaVac está na Fase 3 de desenvolvimento, a última antes de pedir aprovação dos órgãos de saúde. Mesmo sem os dados finais, o Instituto Butantan já começou a fabricar as vacinas a partir desta semana. Segundo João Dória, a expectativa é que 1 milhão de doses sejam produzidas por dia, e 900 municípios brasileiros já demonstraram interesse na compra do composto.
João Dória já sinalizou que pretende levar ao STF o caso da CoronaVac, se caso o imunizante não for aprovado pela Anvisa em tempo de iniciar o plano de imunização do estado. O governador usa como respaldo a lei 13.979/2020, que pode ser usada para aprovar insumos de forma mais rápida. Se caso a CoronaVac for aprovada por uma entidade de saúde estrangeira, seu uso emergencial no Brasil pode iniciar sem a aprovação da Anvisa.
Os atritos constantes dos governos com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez alguns servidores se manifestarem publicamente em carta aberta publicada na quinta-feira (10).
Os funcionários afirmam que: “Ao longo dos seus 20 anos de existência, a agência consolidou-se como uma referência no setor de saúde justamente pelo trabalho desenvolvido por seus servidores, que resultou na reconhecida excelência da sua atuação regulatória e na credibilidade de suas ações e decisões, baseadas exclusivamente em critérios técnicos e científicos”.
Eles afirmam que a agência não se dobra a pressões políticas, e acreditam no caráter técnico e científico.
Em outro trecho: “Podem ter certeza de que nós, servidores da Anvisa, não faltaremos ao povo brasileiro e daremos nossas melhores energias e todo o nosso conhecimento técnico para aprovar, com segurança e com a urgência que a situação exige, as vacinas que o país aguarda com tanta ansiedade”.
Saiba Mais
Reformas precisam avançar para manter investidores estrangeiros
AGENDA
Às 9h: dados do setor de serviços referentes a outubro são publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Às 10h30: dados do IPP (Índice de Preços ao Produtor) sobre demanda nos EUA relativos a novembro.
BOLSAS E CÂMBIO
A maioria dos grandes índices europeus começaram o dia registrando baixas nesta sexta-feira (11).
Ontem, as farmacêuticas Sanofi e GSK, que desenvolvem uma das vacinas contra COVID-19, anunciaram atraso no estudo do imunizante, além de apresentarem resultados ruins de imunização. A vacina já tem contrato com o Reino Unido, União Europeia, Canadá e Estados Unidos. A Fase 3 de desenvolvimento, que começaria neste mês, foi adiada para o 2º trimestre de 2021.
O medo de que as negociações sobre o Brexit não vão chegar em resultados positivos também ajudou a empurrar o mercado europeu para baixo no início da manhã.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -1,16%, indo a 388,60 pontos
- DAX (GDAXI): -1,75%, indo a 13.062,70 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,97%, indo a 6.535,88 pontos
- CAC 40 (FCHI): -1,29%, indo a 5.478,07 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -1,38%, indo a 21.613,50 pontos
Afetados pelos sinais de uma baixa recuperação econômica nos EUA, os mercados asiáticos fecharam com resultados mistos.
- Hang Seng (HK50): +0,36%, indo a 26.505,87 pontos
- KOSPI (KS11): +0,86% , indo a 2.770,06 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,77%, indo a 3.347,19 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,39%, indo a 26.652,52 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,03%, indo a 4.889,63
Sinais que indicam um impasse nas negociações de um novo pacote fiscal nos EUA deixaram os investidores apreensivos no início desta sexta-feira (11). Os principais índices futuros do país amanheceram registrando baixas.
Às 8h da manhã:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,95%, indo a 12.284,25 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,82%, indo a 29.762,5 pontos
- S&P 500 Futuros: -0,99%, indo a 3.632,12 pontos
O Dólar e o Euro sobem ante ao Real na manhã desta sexta-feira (11):
- Às 9h05, o Dólar subiu +0,53%, a R$ 5,12
- Às 9h05, o Euro subiu +0,36%, a R$ 6,12
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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