Recém implementado, o Pix já é um grande sucesso. A nova ferramenta de pagamentos do Banco Central (BC), capaz de realizar transferências instantâneas entre diferentes bancos a qualquer momento, porém, é apenas o primeiro passo no caminho de um sistema bancário totalmente remodelado: o Open Banking.
Se o Pix trouxe mais praticidade na hora dos pagamentos, a implantação de um sistema de Open Banking pode ser ainda mais importante. Isso porque, diferente do Pix, o Open Banking não é um produto, assim podendo impactar todo o sistema bancário do país independente da adesão ou não do público a determinada ferramenta.
Em entrevista à revista Exame, João André Pereira, chefe do departamento de regulação do BC, esclareceu algumas dúvidas a respeito do novo sistema bancário que a instituiçã pretende implementar. “A diferença é que o Pix é um produto. O cliente do banco aperta um botão e faz um Pix. Já o Open Banking é um fundamento, e por isso tem um poder de transformação maior”, afirmou.
João André traça comparação com a invenção da internet, afirmando que o impacto da implementação de um sistema bancário aberto será sentido no longo prazo, quando as instituições se adaptarem às estruturas construídas. “Quando ela (a internet) foi criada, na década de 90, ninguém sabia bem o que era. As mudanças vieram depois, com os aplicativos, ferramentas e tudo que foi construído em cima da rede de conexão”, apontou.
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“O mesmo vale para o Open Banking. Com base na estrutura que está sendo regulamentada, o mercado vai começar a montar diversos bloquinhos”, afirmou João André. Segundo ele, o Open Banking abre espaço para uma maior customização dos serviços bancários. Tudo isso é possibilitado através do compartilhamento de dados dos usuários entre as instituições bancárias, a partir de solicitação dos próprios usuários.
Para Jeronimo Nunes, assessor de investimentos na GX Investimentos, a mudança no sistema bancário é muito bem-vinda para o usuário, que terá mais praticidade no seu cotidiano. “Os bancos de fato irão apresentar os produtos e serviços que possuem dentro de plataformas abertas e o cliente poderá decidir sem ter algum tipo de comprometimento com alguma instituição”, destaca.
Para o assessor, o Open Banking é um importante passo para a desbancarização do sistema financeiro. A dúvida que paira, para ele, é quanto os bancos estão disponíveis a ceder, enxugando suas estruturas e mudando suas estratégias de atendimento para possibilitar a sonhada desburocratização do sistema financeiro.
Jeronimo destaca, por fim, que o consumidor tem motivos para se manter otimista com as mudanças. “O que fica de otimismo, é que o consumidor realmente estará adquirindo produtos com menores custos, maior praticidade e imagino eu, mais transparência”, destacou.
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