A recuperação do real, em bom índice, registrado nas últimas semanas, passando dos R$ 5,60 e praticamente alcançando R$ 5. Economistas observam que até pode baixar um pouco mais em 2021, porém apontam que para isso acontecer, o governo precisa fazer com que a pauta do ajuste fiscal avance.
Várias instituições financeiras, corretoras e consultorias não compartilham desse cenário de recuperação tão positiva do real frente ao dólar, afirmando que a moeda norte-americana vem acima dos R$ 5 e vai entrar 2021 neste patamar, permanecendo pelo menos nos próximos meses.
No entanto, mostram que há uma chance do fluxo para emergentes continuar robusto, isso se a liquidez continuar no mercado financeiro estrangeiro. Assim, o real pode ter essa recuperação pontual no início do ano que vem. Alguns cálculos de bancos e corretoras apontam que há uma probabilidade de dólar estar 20% acima de um preço considerado justo no Brasil.
Especialistas no parecer da moeda estrangeira, indicam que o dólar deverá estar em R$ 5,43 em um ano, ou no final de 2021, exatamente no mesmo período em que o governo deve exceder o teto de gastos em pelo menos R$75 bilhões, segundo previsões de instituições financeiras.
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Baixa do dólar em 2021 depende de vacina e ajustes fiscais
Muita coisa depende do início da vacinação contra o Covid-19. No mercado financeiro não é diferente. Desta forma, se a vacinação iniciar entre janeiro e março, o mercado poderá celebrar. Se ocorrer depois disso, a recuperação será lenta no país.
Avaliam ainda os economistas que o início de 2021 será positivo aos ativos de risco, já por conta da vacinação que deverá estar ocorrendo em muitos países, assim como será favorável a estímulos fiscais e juros baixos em todo o mundo.
Mas para o Brasil acompanhar esse fluxo, será necessário que o governo consiga aprovar as reformas tanto tributária quanto administrativa ainda nos primeiros seis meses, além de honrar o teto de gastos.
Há gestores que calculam que o preço do dólar a R$ 4,20 estaria em um patamar mais justo. Porém há o entrave da situação fiscal do País, que faz com que a moeda norte-americana vá além deste. Eles observam que se o governo não cumprir com o teto de gastos em 2021, mesmo que de forma temporária, o dólar pode subir entre 10% e 15%.
Outros economistas medem suas avaliações na taxa de câmbio, que pela pressão exterior, já poderia ter feito com que o dólar ultrapassasse os R$ 5. Mas projetam ainda dificuldades na área política, na efetivação de reformas e de ajustes fiscais, até pelo menos a metade do 1º trimestre em razão da eleição para as presidências da Câmara e do Senado.
Foto: Reuters
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