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GM América do Sul reinicia investimentos de R$ 10 bilhões

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Há dois anos, a General Motors América do Sul, cogitou fechar suas portas no Brasil. Hoje, em cenário onde o país registra a saída da Ford e ainda corre o risco de enfrentar o fechamento de outras empresas, o presidente, o argentino Carlos Zarlenga, diz que ainda vale a pena investir no Brasil. 

A fala de Zarlenga (que assumiu o cargo em abril de 2019), ocorre em um momento bem positivo, quando a empresa reiniciou, no início de janeiro deste ano, os estudos para a aplicação de R$ 10 bilhões em cinco anos. O anúncio foi feito em 2019 e pendente em razão da pandemia. 

O empresário observou que a GM América do Sul, já fechou acordos e anunciou investimentos, a exemplo da produção da nova Tracker. Isso confere uma confiabilidade na permanência da GM no Brasil, analisam especialistas do setor automotivo.

 Zarlenga citou que a fábrica de Gravataí é a mais competente em âmbito mundial no segmento de carros pequenos e médios. A GM América do Sul, conforme as palavras de seu presidente, “fez a lição de casa em produtividade, redução de custos e eficiência”. 

O CEO da GM América do Sul expressa que o Brasil terá em 2021, uma indústria de 2,5 milhões a 2,8 milhões de carros, o que representa um acréscimo de 25% ou mais em relação a 2020, embora também indique que essa comparação não tenha tanto peso em razão das perdas econômicas decorrentes da pandemia.

 Esse fôlego em 2021 não chega ao patamar de 2019, mas aponta em direção ao crescimento, o que o faz dar crédito a investimentos no país.


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No entanto, Carlos Zarlenga tem um parecer negativo quanto ao sistema tributário nacional, apontando que este encarece o produto interno e as exportações, ressaltando que as reformas no país precisam avançar, em especial, a tributária.

Ele cita que nos Estados Unidos o imposto sobre o preço de um carro é de 12% enquanto que no Brasil essa taxa fica entre 45% a 50%. Essa tributação é criticada pelo empresário, que frisa que o Brasil tem uma tarifa que chega a ser até três vezes maior que a média de outros países e essa pressão tributária é sufocante, ressaltando que o entendimento e reformulação da política fiscal, do tamanho do estado e a reforma tributária são fatores primordiais. 

Cita ainda que o governo fala em ter uma agenda de competitividade que alcance toda a indústria, e isso é importante principalmente para as exportações, pois nenhuma outra nação tem a exportação submetida a taxas. Ele exemplifica, enfatizando que o Brasil carrega de 15% a 18% de imposto em cada carro exportado. “Não há como competir no mercado externo”, critica Zarlenga.

ESTRATÉGIAS 

Com cinco fábricas e líder de vendas no Brasil, a GM alterou seu método de preços, em um panorama de crise e de baixa nas vendas. A tática foi aumentar o preço em acompanhamento a desvalorização do real. Esse foi o caminho encontrado pelo grupo para a retomada da rentabilidade.

Ele acentuou que as desvalorizações anteriores nunca foram tão pesadas e que o 2020 foi muito complicado, pois houve um momento em que o dólar chegou perto de R$ 6, sendo que em 2019, estava em R$ 3,90. No ano, a desvalorização foi de 30% e o aumento médio para os carros foi de 13%.

Zarlenga acentuou que se o real desvalorizar ainda mais, frente a um dólar de R$ 8, o valor será repassado ao carro mais barato da GM, o Onix. Mas, ao mesmo tempo, o empresário argentino diz que o grupo está sempre de olho nos no segmento que melhor representa a rentabilidade. Um outro olhar da GM é no futuro e suas inovações. Exemplo está em um protótipo de carro voador, mostrado nesta  semana pela GM, nos Estados Unidos. O investimento é de US$ 27 bilhões para 30 modelos que serão lançados de forma global até o fim de 2025. 

Lembrando que a GM América do Sul está em nove países: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai. A General Motors do Brasil é a maior subsidiária da General Motors na América do Sul e a segunda maior operação do grupo fora dos Estados Unidos.

Foto:Reprodução/Época Negócios

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