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Iniciam novas discussões sobre auxílio emergencial

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Um novo ciclo de auxílio emergencial já está em discussão pela equipe do Ministério da Economia, que tem, no entanto, um requisito que é o acordo com o Congresso para que medidas de corte de gastos sejam aprovadas sem atrasos. No entanto, a deliberação só deve acontecer depois do dia 1º de fevereiro, quando acontecem as eleições para a presidência da Câmara e Congresso e momento em que Paulo Guedes deve iniciar os diálogos para definição das medidas.

Sabe-se que os quatro principais candidatos à presidência de Câmara e do Senado, estão a favor de novas medidas de auxílio emergencial, em razão dos novos números do Covid-19, motivo também pelo qual o governo começa a reconsiderar os planos, ao mesmo tempo que aperta a pressão para o governo agilizar os ajustes para a compra de vacinas.

A intenção do ministro Guedes é aproveitar o momento para aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com medidas de ajuste que não conseguiram progredir em 2020, incluindo cortes em gastos com os servidores. O presidente Jair Bolsonaro, na segunda-feira (25), demonstrou preocupação quanto ao endividamento, dizendo lamentar que pessoas estão passando necessidade, mas que a capacidade de endividamento chegou ao limite.   

O ministro da Economia defendeu a vacinação, em uma primeira fala depois de suas férias. Segundo os analistas esta é uma estratégia do Palácio do Planalto para reverter a desaprovação quanto a efetivação do plano de imunização do governo. Enquanto isso, Guedes continua estudando medidas e esperando o fim das eleições para que essas negociações não atrapalhem a corrida no Congresso. 

Hoje a equipe econômica busca espaço no Orçamento e no teto de gastos. Mas, tendo em vista que decisões a respeito do auxílio são urgentes e o tempo é limitado  para aprovar uma PEC, lembrando que Orçamento de 2021 ainda não foi aprovado, pode advir daí a abertura de um crédito extraordinário, liberando recursos fora do teto. Se bem elaborado, este pedido de crédito poderá ser aceito pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF), dizem os economistas.


Saiba mais

Ministério da Economia pode cortar até R$ 20 bi para cumprir teto de gastos


A posição da secretária tem que ser levada em consideração em razão de seus técnicos resistirem à liberação de um crédito extraordinário, onde o dinheiro seria conduzido em direção a gastos inesperados. Como a pandemia não se enquadra mais em situação imprevisível, havia sempre esta dúvida. O agravamento do quadro do Covid-19, no entanto, altera este cenário. 

O governo pretende avançar na questão da diminuição da dívida pública. Para isso, a equipe do Ministério da Economia aguarda a devolução antecipada de recursos emprestados pelo Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Caixa Econômica Federal no valor de R$ 100 bilhões. Com isso, a dívida pública em 2020 deve ficar mais baixa do que o previsto. 

Especialistas no setor fazem uma previsão de que a dívida bruta tenha ficado em 87,9% do Produto Interno Bruto em 2020. A Instituição Fiscal Independente (IFI) reduziu sua projeção de 93,1% para 90,1% do PIB.

Os dois candidatos à presidência da Câmara – Baleia Rossi (MDB-SP) e Arthur Lira (PP-AL) – acreditam que é viável um novo auxílio dentro do teto. Rodrigo Maia (DEM-RJ), que apoia a candidatura de Baleia, anunciou que se o endividamento do País estiver fechado para baixo, é possível discutir uma prorrogação do auxílio por até seis meses, no valor de R$ 200 ou R$ 300.

Lira, demonstrou posicionamento alinhado à Guedes, dizendo estar aberto, se eleito, a colocar em pauta a discussão sobre a revisão de gastos como o abono salarial, uma espécie de 14º salário pago a trabalhadores formais e que ganham até dois salários mínimos, acentuando ainda que toda e qualquer discussão sobre o auxílio deve respeitar o teto de gastos. Esse benefício é visto pela equipe econômica governamental como problemático.

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