A Vale (VALE3), próxima de completar mais de duas décadas de privatização, registra um interesse voraz de estrangeiros sobre suas ações. Esse interesse internacional se intensificou após a companhia ter conseguido diminuir os riscos relacionados à tragédia de Brumadinho (MG).
Um dos exemplos dessa afirmação é o fundo americano Capital Group, que tem US$ 2,1 trilhões sob gestão. Esse fundo já tem por volta de 15% do capital da Vale. Espera-se, conforme analistas, que com este crescimento célere do Capital Group na Vale, o fundo aponte, já na próxima assembleia, dois conselheiros.
Além da Capital Group, investe ainda a BlackRock, com 5,2% da mineradora e a Mitsui detém 5%. Levando-se em conta participações menores, a empresa tem 55% de estrangeiros em seu capital social.
O Capital Group, que desde 2019 gerencia mais de US$ 1,9 trilhão em capital e ativos de renda fixa para milhões de investidores individuais e institucionais em todo o mundo, pode atingir até 25% do capital sem barreiras. Porém, a partir desse ponto, o estatuto da Vale, reformado em 2017, define a realização de oferta pública para adquirir a totalidade dos papéis.
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Observa-se também que, embora de forma lenta, mais papéis da Vale serão estendidos ao mercado. Lembrando que o BNDES organiza comercialização de mais de R$ 10 bilhões em ações para sair da Vale. O banco tem mais de R $6 bilhões em debêntures participativas nos direitos minerais da empresa, venda esta que se tem a expectativa de ser concretizada em breve.
A princípio, esses títulos, que tem sua origem na privatização, podem ser negociados ainda no primeiro semestre deste ano. Economistas apontam ainda que na oferta desses papéis, a União poderá efetuar sua venda, lucrando uma soma em torno de alguns bilhões de reais em um momento de dificuldade.
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