Um lucro líquido de R$ 1,31 bilhão foi o valor divulgado pelo Grupo Pão de Açúcar – GPA (PCAR4) – no resultado do 4º trimestre de 2020, revertendo o prejuízo de R$ 86 milhões do mesmo período de 2019. O número não considera a marca atacadista Assaí – rede brasileira de atacado de autosserviço, pertencente ao grupo – que irá divulgar seu balanço em separado.
O grupo anunciou ainda que o lucro no consolidado do ano foi de R$ 1,092 bilhão. De outubro a dezembro de 2020, o lucro líquido ajustado foi de R$ 374 milhões. Revelou ainda que o lucro não ajustado foi incentivado por várias razões ligadas a créditos fiscais, que unidos somaram R$941 milhões.
Enquanto isso, a receita líquida alcançou os R$ 14,7 bilhões no 4º trimestre, crescendo 58,4%, batendo assim R$ 51,2 bilhões em 2020, registrando um crescimento de 77,7%. Neste período o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,13 bilhões. No fechamento do ano atingiu os R$4,7 bilhões.
O Grupo Pão de Açúcar divulgou ainda que a margem Ebitda saiu dos 7,4% registrados no 4º trimestre de 2019 para 14,4% no mesmo período de 2020, crescendo sete pontos percentuais. Este salto se deu, segundo o grupo, principalmente pelos créditos fiscais. Enquanto isso, a margem Ebtida no consolidado do ano, pulou de uma média de 7,1% para 9,2%, ou seja, avançou 2,1 pontos percentuais.
Mas em contraponto, o GPA apontou que houve um crescente em seus gastos, que passaram de R$ 1,68 bilhão para R$ 2,4 bilhões, um salto de 48,2%. Compõem estes gastos as despesas com vendas, gerais e administrativas recorrentes, excluindo os efeitos fiscais. Porém, ressalta-se que os gastos foram menores se observada a relação com a receita líquida, que saiu dos 18,1% em 2019 para 17,9% em 2020.
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O corte no número de lojas, de 1.563 para 1.502, tanto no Brasil quanto no exterior, não foi suficiente para cortar as despesas, que subiram mesmo assim. Na comparação com a base anual, os investimentos foram menores, recuando 36,8% no 4º Trimestre de 2020. No consolidado do ano, os investimentos em bens de capital (CAPEX) assinalaram um retrocesso de 18,6%.
O grupo, no segmento de varejo, no ano, viu o crescimento das lojas subir 11,5%. O destaque ficou com dois setores: alimentos, que cresceu 11% e eletrônicos, que avançou 13%.
A pandemia acabou incentivando as vendas online no varejo, que avançaram 198%. Quanto ao aumento das despesas, no setor de varejo, os gastos maiores, conforme a empresa, ficaram por conta do desenvolvimento da plataforma de marketplace e com a reformulação das lojas.
No Grupo Éxito, braço do GPA na Colômbia, Uruguai e Argentina, foi registrado maior desempenho de vendas no 4º trimestre, com a receita líquida avançando 22% na base anual, para R$ 6,381 bilhões. No consolidado do ano o avanço da receita foi de 19,8%, atingindo R$ 22 bilhões.
O relatório divulgado pela companhia pontua que fechou 2020 com uma dívida líquida de R$ 429 milhões, com baixo patamar de alavancagem e uma robusta posição de caixa de R$ 8,7 bilhões, soma de R$ 757 milhões quando comparado a 2019. O GPA conta com as marcas Extra, Pão de Açúcar, Compre Bem, Hiper e Proximidade.
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