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Segmentos agrícola, de grãos e proteína estão em alta e apontados como oportunidades de investimento

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O prazo de um ou dois anos foi dado como período positivo para empresas ligadas a commodities. Esse otimismo, que chega também a empresas brasileiras, se dá em um momento em que a economia global começa a reacender. Algumas listadas na bolsa aproveitam o bom momento e são hoje as mais procuradas das carteiras de investimentos, conforme analisam economistas da bolsa. 

O Produto Interno Bruto (PIB), acabou sendo amparado nestes primeiros meses do ano, em grande parte, por produtos dos setores agrícolas, metálicos e energéticos, que foram os principais produtos de exportação do país. No mês passado, o Índice de Commodities Brasil (IC-Br) do Banco Central, que mede estes três setores, convertido para reais, subiu 7,03%. No primeiro mês do ano, a alta mensal foi de 10,55%. Para não correr em paralelo aos melhores investimentos de commodities, os analistas enumeram alguns papéis, como minério de ferro, grãos e proteína. E nem o declínio dos preços do minério de ferro, que acabou em queda de 6% na última semana, foi capaz de refletir de forma negativa junto ao metal, que continua próximo da máxima dos últimos oito anos.

O recuo foi referente a uma situação verificada na China, onde o  Ministério da Ecologia e Meio Ambiente daquele país solicitou que a cidade de Tangshan, conhecida como uma das principais regiões siderúrgicas, tenha uma fiscalização mais dura, após a qualidade do ar atingir níveis assustadores. Uma mudança a curto prazo não é cogitada. Enquanto isso, uma alta de 74% dos preços das commodities no ano passado é suficiente para suportar uma revisão nos preços.

Aponta-se ainda que além da demanda chinesa, os setores aqui no Brasil, ligados à mineração e siderurgia, devem sair ganhando, com o pacote fiscal de Joe Biden, pacote este em torno de US$ 1,9 trilhão. Dinheiro este que deverá ser usado em infraestrutura, aquecendo o mercado para obras neste setor, fazendo com que a Vale e a CSN, sejam destaques. A Vale está deixando os riscos para trás, depois de acertos com o Governo de Minas, em relação a tragédia de Brumadinho, e também através da saída do BNDES, ressaltam os analistas. A siderúrgica CSN, por sua vez, tem apresentado uma análise de sua performance cada vez mais sólida, inclusive com caixa maior.

Grandes expectativas estão ligadas ao setor de grãos. Resistentes às crises políticas, as commodities agrícolas são apontadas pelos economistas como ativos relevantes. Segundo estimativas do IBGE, o setor aguarda uma safra robusta e também recorde este ano, em torno de 263,1 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 3,5% em relação a 2020, ano que já havia registrado uma safra recorde.


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Para se ter uma ideia, o instituto prevê que a soja deve atingir uma alta de 7,3% este ano. Analistas do setor acreditam que este é um segmento que continuará em alta, e que continuará batendo recordes, em razão do crescimento da população, em longo prazo. A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras agrícolas brasileiras, concentrada em algodão, milho e soja, pode aproveitar essa tendência de alta de alimentos.

Do mesmo modo o PIB do agronegócio, teve uma ampliação recorde de 24,31%, índice este divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Com esta expansão, ampliou para 26,6% a participação no PIB total do país, contra 20,5% em 2019.

O segmento de proteína também acabou batendo marcas históricas, estimulado também pela demanda chinesa. Para se ter uma ideia, apenas as exportações de carne suína do Brasil chegaram a 144,2 mil toneladas nos dois primeiros meses deste ano, o que representa uma alta de 6,12% em relação ao 1º semestre de 2020. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

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Analistas de investimentos informam que a presença na China de frigoríficos brasileiros estava em processo de consolidação, principalmente em razão da gripe aviária e da peste suína africana, que vinham implicando em perdas da produção de proteínas da China. E essa perda, segundo acreditam, vai levar até uma década para se recompor. E esse fator tem estimulado o crescimento do setor de proteínas, notadamente de carne bovina.

No segmento de proteína, está a Minerva, o maior exportador de carne bovina da América do Sul, e que registrou lucro líquido de 697,1 milhões de reais no acumulado de 2020, uma disparada ante os 16,2 milhões registrados no ano anterior, o que permitiu propor a distribuição de dividendos adicionais em patamar recorde.

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