AT&T
A gigante AT&T anunciou uma fusão que pode causar um estrondo no mundo do entretenimento, em especial ao mundo do streaming, atualmente dominado pela Netflix, Amazon e Disney.
Na segunda-feira (17), um acordo foi fechado para a fusão da WarnerMedia com a Discovery, criando um novo grupo de mídia avaliado em US$ 150 bilhões.
Além de Animal Planet e Discovery Channel, do braço da Discovery, o novo grupo de mídia vai contar com a CNN e HBO, atualmente do grupo WarnerMedia.
Segundo os termos da AT&T, seus acionistas ficarão com 71% dos papéis da nova companhia. Os outros 29% ficaram para acionistas da Discovery.
Atualmente, o mercado de streaming é dominado por outras gigantes do entretenimento. A Netflix, por exemplo, passou de 200 milhões de usuários no início de 2021.
No caso da Disney, seu serviço de streaming, o Disney +, já passou da marca de 100 milhões de usuários.
Apple Music
Em mais um anúncio que deve abalar o mundo de streaming, a Apple anunciou que seu serviço de música, o Apple Music, vai contar a partir de junho com um catálogo de músicas lossless (sem perda de qualidade), além de som especial, que é implementado em parceria com a Dolby Digital. Tudo isso sem custo adicional.
Atualmente, as plataformas de streaming de música contam com reproduções de áudio com formatos que perdem a qualidade se comparados com os de CD e Vinil. No caso do Spotify, o formato é MP3, a 320kbps. No caso da Apple Music, o formato é próprio da companhia, o AAC (Advanced Audio Coding), a 256kbps.
A partir de junho, usuários do Apple Music contarão com um formato de áudio a 16 bit e 44.1 kHz, podendo ir até 24 bit e 48 kHz. Para audiófilos de verdade, a qualidade de som pode chegar a 24 bit e 192 kHz.
A única plataforma de streaming de música a permitir músicas em formato lossless é o Tidal, lançado com esse propósito. Seu preço médio, porém, é mais alto que o padrão.
Além de lossless, graças a uma parceria com a Doby Atmos, assinantes do serviço também poderão conferir a tecnologia chamada de spatial audio (áudio espacial).
Em resumo, a tecnologia tenta simular sons que serão reproduzidos em todos os lados da cabeça do usuário que estiver com fone de ouvido. Isso significa que, ao ouvir músicas, você terá a sensação de ouvir de várias direções, ao posto de apenas duas, como é atualmente.
Saiba mais
Yuan digital
A China está prestes a se tornar a primeira nação do mundo a implementar uma moeda 100% digital. Com o objetivo de acabar com a circulação de papéis em um futuro distante, o Yuan digital é registrado em blockchain.
Os testes iniciaram no fim de 2020, e até agora parece ser um acerto da China, ameaçando a supremacia do dólar no mercado global.
Agora, o país está expandindo os testes. Segundo o site The Block, na cidade de Chengdu, algumas pessoas, usuárias do The Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), já conseguem registrar carteiras que contam com o Yuan digital.
Usuários que já possuem o serviço disponibilizado podem fazer depósitos na carteira, retirada de dinheiro, pagamentos via QR Code e transações peer-to-peer.
PIX
Fazendo parte da série de iniciativas que visam modernizar o PIX, sistema de transferências lançado pelo Banco Central, o BC agora estuda permitir que usuários possam transferir dinheiro para outros países.
“Temos um projeto para que, no futuro, o PIX possa fazer transferências para outros países, mas dependemos do avanço nas discussões sobre o lançamento de moedas digitais por outros bancos centrais”, disse o presidente do BC, Campos Neto, em palestra no Latin America Disruptive Tech Founders & CEO Virtual Summit 2021, evento promovido pelo Bank of America.
Outra inovação que marcou o mês do PIX foi a implementação do PIX Cobranças, que permite agendamento de pagamentos.
Boom Supersonic
Já pensou em ir a qualquer lugar do mundo em menos de quatro horas e de forma barata?
Essa é a proposta da Boom Supersonic, startup norte-americana. A companhia desenvolveu um avião supersônico, o Overture, que promete ser três vezes mais rápido que os supersônicos do mercado.
A companhia promete que uma simples viagem de Nova Iorque a Londres custaria apenas US$ 100, e demoraria três horas.
Além de potencialmente revolucionar como nos movimentamos pelo mundo, a linha de supersônicos pode ser extremamente benéfica para empresários e pessoas que precisam viajar muito por conta da linha de trabalho.
Marketing sem cookies?
Como noticiamos em outro giro, a Apple, empresa trilionária de tecnologia, lançou sua nova versão de sistema operacional (OS em inglês) para sua linha de iPhones, o iOS 14.5.
De forma resumida, a atualização permite um maior controle do que aplicativos possuem de informações pessoais de usuários. A nova versão do iOS permite que usuários desativem a opção de “track”, impossibilitando aplicativos de comunicarem entre si usando dados pessoais, e criando ads personalizáveis no processo.
Como comentamos, o Facebook foi a primeira empresa a ser veemente contra a atualização. O CEO da companhia, Mark Zuckerberg, chegou a falar que “a Apple pode dizer que está fazendo isso para ajudar as pessoas, mas as medidas claramente visam seus interesses competitivos”.
Embora isso prejudique os negócios do Facebook, a atualização está trazendo uma verdadeira reforma no marketing digital. Mesmo que sua maior rival, a Google, não tenha trazido a funcionalidade de bloqueio de track para seu sistema operacional Android, usuários do iOS compõe uma fatia significativa do mercado.
A princípio, a notícia da Apple é suficiente para causar um turbilhão no mercado, mas a Google anunciou que deve eliminar o acesso de empresas à histórico de pessoas no navegador Chrome.
Como você já deve saber, propagandas direcionadas são o grande pilar do marketing digital dos últimos anos. Aplicativos usufruem dos dados compartilhados e conseguem criar propagandas personalizadas para cada indivíduo.
Com a mudança na Apple e Google, o mercado deve se adaptar a um mundo menos personalizável. A curto prazo, vai causar uma verdadeira revolução nas agências, especialmente após um período marcado pela pandemia de COVID-19.
Para alguns especialistas, as mudanças no mercado podem resultar em um encarecimento de serviços. Antes, o acesso à dados era muito mais fácil e padrão. Agora, as agências terão que pagar por serviços mais especializados em propaganda direcionada.
Imagem: Apple / Reprodução