Segundo dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) às 9h, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro inflou 1,2% no primeiro trimestre de 2021. O índice ficou acima da média do esperado por economistas, de um crescimento de 1%.
No acumulado em quatro trimestres, há uma retração de -3,8%, impulsionado principalmente pelo PIB do 2º trimestre de 2020, quando ficou em -9,2%.
Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2021 totalizou R$ 2,048 trilhões.
“Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014”, disse o IBGE.
O resultado positivo é impulsionado pela retomada da normalidade no país, com a retomada dos serviços e medidas mais brandas de restrição contra COVID-19. Além disso, a vacinação no país deve impulsionar o índice de atividade econômica para os próximos trimestres.
Embora o resultado tenha sido melhor que o esperado, o Brasil ainda não reverteu o resultado negativo do primeiro e segundo trimestre de 2020.
Mesmo assim, as recentes apostas de economistas, instituições financeiras e do Banco Central (BC) mostram uma boa recuperação econômica brasileira. Segundo o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo BC, do dia 31/05, o PIB deve crescer 3,96% em 2021.
Segundo as corretoras de investimentos, a média das projeções indicam que a economia brasileira deve inflar em 3,8% em 2021.
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Dados entre setores
Entre os setores, a Agropecuária é destaque, registrando crescimento de 5,7% em relação a igual período do ano anterior. Quanto à Indústria, o crescimento é de 0,7%. No setor de Serviços, o crescimento é de 0,4%.
Quanto às atividades industriais, o avanço foi puxado pelas Indústrias Extrativas (3,2%). Também apresentaram taxas positivas a Construção (2,1%) e a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%). O único desempenho negativo se deu nas Indústrias de Transformação (-0,5%).
Quanto ao setor de Serviços, o grupo de Transporte, armazenagem e correio obteve crescimento de 3,6%, Intermediação financeira e seguros 1,7%, Informação e comunicação (1,4%), Comércio (1,2%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Outros serviços (0,1%).
A única variação negativa do setor de Serviços veio da Administração, saúde e educação pública (-0,6%).
Foto: Agência Brasil / Divulgação