Segundo dados publicados pelo Banco Central nesta segunda-feira (07), a captação líquida da poupança fechou em R$ 72,6 milhões em maio, segundo mês positivo da caderneta em 2021.
Os valores arrecadados no mês ficaram bem abaixo dos registrados em abril, quando a arrecadação ficou em R$ 3,8 bilhões.
Para o mês de maio, os brasileiros depositaram R$ 281,2 bilhões e retiraram R$ 281,1 bilhões. Os rendimentos da poupança ficaram em R$ 1,99 bilhão, com o saldo total das contas chegando em R$ 1,021 trilhão.
O cenário de 2021 é bem diferente do de 2020. Ano passado, com a pandemia no país e os serviços sofrendo paralisações, o brasileiro ficou mais cauteloso. No período de março a dezembro, o saldo da poupança ficou positivo.
Além das mudanças geradas pela pandemia, o Auxílio Emergencial também impulsionou o maior depósito de dinheiro nas cadernetas de poupança em 2020. Embora o programa esteja pagando menos neste ano, na média de R$ 250 por pessoa, o efeito deve ser o mesmo.
O fato de que abril e maio foram os únicos meses de saldo positivo da poupança neste ano pode ser parcialmente explicado pelo cenário econômico incerto, segunda onda de COVID-19, e Auxílio Emergencial que havia expirado e aguardava prorrogação no início de 2021.
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Atualmente, a poupança está rendendo 2,45% ao ano, com a Selic a 3,50%. É um dos rendimentos menos atrativos do mercado financeiro, principalmente em um ano que deve ser marcado por uma inflação acima do teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN).
De acordo com o último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC), a inflação deve terminar o ano em 5,44%, enquanto a meta Selic deve fechar em 5,75% a.a. Os rendimentos da poupança são 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada há muitos anos.
Mesmo assim, ela segue sendo a opção mais popular entre as pessoas, justamente pela estabilidade e simplicidade oferecida pelas instituições financeiras que oferecem a caderneta: os bancos.
