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Com a sinalização do Fed de que as taxas básicas de juros dos EUA podem sofrer aumentos em 2023, o mercado amanhece na negativa, registrando quedas nos seus principais índices. Atualmente, as pressões inflacionárias do país estão mais altas do que o esperado anteriormente.

O governo federal enviou ao Congresso Nacional um PL que prevê a abertura de crédito suplementar a favor do Poder Executivo. Segundo uma nota da Secretaria-Geral da União, a proposta não deve impactar o teto de gastos.

Na Câmara, a alteração do texto da improbidade administrativa foi aprovada por membros da casa. Segundo o presidente da Câmara, o novo texto evita excessos.

A agenda do dia é marcada pela publicação de índices inflacionários na Zona do Euro e no Japão, além de dados de geração de emprego nos Estados Unidos.

Esses e outros destaques você confere agora.

FED: JUROS ESTÃO MAIS ALTOS MAIS CEDO QUE O ESPERADO

As bolsas mundiais amanhecem esta quinta-feira (17) registrando baixas, reagindo às falas do Fed de ontem (16) sobre os impactos inflacionários e possíveis mudanças nas políticas de juros dos Estados Unidos.

A autoridade norte-americana manteve as políticas de juros, que estão de 0% a 0,2%, mas alertou para uma inflação mais alta que o esperado para 2021. Segundo projeções, ela deve terminar o ano em 3,4%, um aumento de 1% comparado com as análises anteriores.

Mesmo apontando para a temporariedade do efeito inflacionário, já existe uma sinalização de alta nos juros básicos do país em 2023.

O mercado reage negativamente ao anúncio por conta dos inúmeros efeitos positivos provocados pela baixa nas taxas. Com a economia super estimulada nos Estados Unidos e China, o mercado de commodities passa por um novo superciclo, beneficiando países como o Brasil.

Embora as taxas baixas beneficiem o crescimento econômico, uma alta severa da inflação pode indicar que a população do país não consegue acompanhar sua renda com a alta dos preços. É por este e outros motivos que o Fed sinaliza por altas nos juros já no ano que vem.

PROPOSTA DE ABERTURA DE CRÉDITO SUPLEMENTAR DE R$ 164 BI É ENVIADA AO CONGRESSO

O governo federal enviou ao Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL) que abre crédito suplementar no valor de R$ 164 bilhões em favor de diversos órgãos do Poder Executivo.

“O crédito, caso aprovado, será financiado a partir do cancelamento de dotações orçamentárias, não gerando custo adicional aos cofres públicos. Por se tratar de simples remanejamento de dotações, o PL não afeta o cumprimento do Teto de Gastos nem a obtenção de resultado primário”, diz a nota da Secretaria-Geral da União.

Segundo a Secretaria-Geral da União, caso seja aprovada, a PL não impactará nas contas públicas, ficando de fora do teto de gastos, pois será financiada através do cancelamento de dotações orçamentárias.

CÂMARA APROVA PROJETO QUE ALTERA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16) o projeto que prevê mudanças na Lei de Improbidade Administrativa. Segundo o texto aprovado pelos deputados, agentes públicos só podem ser condenados caso houver comprovação de dolo, ou seja, intenção de cometer o crime.

“Queremos restringir essa lei para dar mais funcionalidade à administração pública, mais garantias àqueles que propõem políticas públicas e que são eleitos com base nas suas propostas, e que muitas vezes não podem colocá-las em ação, em vigor, porque são impedidos por decisões que nada têm a ver com tentativas de combater a corrupção”, disse Carlos Zarattini (PT-SP), relator da proposta, à Agência Câmara.

Para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que comemorou a aprovação, o novo texto deve evitar excessos, além de gerar mais racionalidade nos processos:

“Agora vamos separar o joio do trigo. Somente será punido por improbidade quem agir para lesar efetivamente o Estado”, disse.


Saiba mais

Copom eleva Selic para 4,25% ao ano


AGENDA

A agenda do dia não está tão lotada quanto ontem (16), um dia que foi marcado pela publicação da meta Selic e reunião do FOMC. Hoje, os destaques ficam para a publicação de índices inflacionários na Zona do Euro e dados de geração de emprego nos Estados Unidos.

Às 6h na Zona do Euro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechou em 0,3% em maio, segundo dados da Eurostat. O resultado ficou a par das projeções de economistas, e representa uma desaceleração se comparado com os dados do mês anterior (0,6%).

Às 9h30 nos Estados Unidos, os pedidos iniciais por seguro-desemprego são publicados pelo Department of Labor. A expectativa é que a publicação confirme a tendência de queda no desemprego do país, impulsionado pelos planos fiscais trilionários aprovados pelo Congresso do país.

Dois pronunciamentos marcam o dia: o primeiro acontece às 9h30, contando com falas de Philip Lane, membro do Banco Central Europeu (BCE).

Às 11h nos Estados Unidos, discursa Janet Yellen, presidente do Banco Central do país.

Na Ásia, às 20h30, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPC) do Japão deve ser publicado pelo Japan Statistics Bureau. A expectativa é de uma retração, acompanhando a queda de 0,4% do mês anterior.

BOLSAS E CÂMBIO

Em dia de repercussões da ata da reunião do FOMC de ontem (16), os mercados iniciam a manhã registrando quedas nos principais índices mundiais.

O mercado reage ao alerta do Fed de que os juros do país, que estão em baixa recorde, deverão aumentar mais cedo do que se esperava anteriormente, pressionados pelos índices inflacionários.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): 0,42%, indo a 457,92 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,14%, indo a 15.689,35 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,58%, indo a 7.143,35 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -0,17%, indo a 6.641,56 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): -0,25%, indo a 25.703,50 pontos

Os índices asiáticos fecharam de forma mista, apenas com os índices chineses registrando altas.

  • Hang Seng (HK50): +0,19%, indo a 28.506,00 pontos
  • KOSPI (KS11): -0,42%, indo a 3.264,96 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,21%, indo a 3.525,60 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,93%, indo a 29.018,33 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,42%, indo a 5.101,89 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:

  • Nasdaq 100 Futuros: -0,43%, indo a 13.912,25 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,25%, indo a 33.821,50 pontos
  • S&P 500 Futuros: 0,29%, indo a 4.200,88 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (17):

  • Às 9h03, o Dólar subiu +0,16%, a R$ 5,05
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,53%, a R$ 6,03

Foto: Reuters / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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