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Petrobras anuncia novo reajuste no preço dos combustíveis, aumentando a gasolina em 6,3% e o diesel em 3,7%

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A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (05) mais um reajuste no preço da gasolina, diesel e gás de cozinha (GLP) nas refinarias. É o primeiro reajuste sob a presidência de Joaquim Silva e Luna.

Com a alta, a gasolina sofreu um reajuste de 6,3% (aumento de R$ 0,16 por litro, indo a R$ 2,69). Quanto ao diesel, o aumento é de 3,7% (aumento de R$ 10 por litro, indo a R$ R$ 2,81).

O aumento do gás de cozinha (GLP) é de 6% (aumento de R$ 0,20 por kg, indo a R$ 3,60).

Os novos valores foram anunciados ontem (05) e entraram em vigor a partir desta terça-feira (06).

Segundo a companhia, os aumentos estão de acordo com a variação dos preços no mercado internacional.

“Importante reforçar o posicionamento da Petrobras que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais. Os preços praticados pela Petrobras seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, disse a Petrobras em nota

O reajuste acontece poucos meses após do episódio que marcou a intervenção do Executivo na estatal. Na época, o presidente Jair Bolsonaro ficou irritado com os constantes ajustes dos preços nas refinarias, acusando o agora ex-presidente da estatal, Roberto Castello Branco, de não estar alinhado aos interesses do país.

Mesmo com as declarações, a estatal prometeu se comprometer com o reajuste dos preços de acordo com o mercado internacional. Caso tivesse ido na direção contrária, a confiança de investidores na Petrobras e no país seria prejudicada, já que significaria que o país passa por irresponsabilidades fiscais.

O aumento no preço do diesel deve afetar diretamente o setor de transportes do país. O governo federal vem aprovando uma série de medidas que agradam a categoria dos caminhoneiros, mas o novo reajuste nos combustíveis deve dar mais sustentação para possíveis greves.


Saiba mais

Efeito cascata: entenda como a retomada econômica brasileira pode ser prejudicada pelos efeitos inflacionários da crise hídrica


Na semana passada, membros do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) se reuniram com o novo presidente da Petrobras e pediram para que novos reajustes não aconteçam.

“Deixamos claro, na reunião, que se o diesel subisse, ia afetar seriamente não só os caminhoneiros, mas a sociedade em geral, que já está muito pressionada”, disse Plínio Nestor Dias, presidente do CNTRC, ao jornal Estado de Minas.

O novo reajuste também aumenta a preocupação quanto à inflação brasileira, que está acima da meta no acumulado de 12 meses e com projeções do Banco Central (BC) apontando para um IPCA mais alto que o esperado para 2021.

O aumento nos combustíveis deve pressionar ainda mais a alta dos preços, juntamente com a alta da energia elétrica causada pela crise hídrica no sudeste e centro-oeste do país.

Atualmente, as recentes projeções do Banco Central (BC) no Boletim Focus indicam que a inflação deve terminar o ano em 6,07%, ficando acima do teto estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,25%. O boletim ainda não reflete o ajuste de ontem (05) feito pela Petrobras.

Juan Tasso - Smart Money

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