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Biden lança plano que deve obrigar 100 milhões de trabalhadores a vacinarem

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Em uma tentativa de contornar a baixíssima adesão à vacinação contra COVID-19 nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden anunciou um plano que pode atingir 100 milhões de trabalhadores que ainda não se imunizaram contra a doença. 

A ordem executiva foi assinada nesta quarta-feira (08), e obriga a vacinação de todos os trabalhadores do Poder Executivo, incluindo todas as agências federais e a Casa Branca. 

As novas normas do Labor Department também obrigam as empresas com mais de 100 funcionários a exigirem a vacinação de todos a força de trabalho. Neste caso, as companhias serão obrigadas a darem um “day off” pago para o funcionário que for se imunizar. As multas por violação destas regras chegam a US$ 14.000. 

Adicionalmente, todos os trabalhadores da área de saúde que contemplam fundos dos seguros Medicare e Medicaid, número que passa de 17 milhões de pessoas, sejam totalmente vacinados.  

Fora as novas normas, o governo também deve acelerar a distribuição gratuita de testes e, através da The Defense Production Act, impulsionar a produção dos chamados testes rápidos. 

Segundo a administração, mais de 25 milhões de testes grátis serão enviados para hospitais de todo o país. 

Ao todo, as decisões formam os chamados “seis pilares” de Biden: vacinação, proteção adicional via vacinação extra, manutenção das escolas abertas, aumentar testes e incentivo ao uso de máscaras, proteção à recuperação econômica e melhorias na proteção aos que receberam diagnóstico positivo da doença. 


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Biden culpa a variante Delta pela geração de emprego abaixo do esperado


A proposta deve sofrer uma grande resistência da ala republicana do país, mas setores trabalhistas apoiam a decisão extrema da administração. A ideia é que a escolha individual segue sendo importante, mas, no caso da vacina contra COVID-19, ela pode afetar outras pessoas, inclusive colegas de trabalho. 

“Nós fomos pacientes, mas nossa paciência está acabando, e sua negação está custando a todos nós”, disse Biden em um pronunciamento na Casa Branca, se referindo a quase 40% da população do país que ainda não tomou a primeira dose de uma das vacinas distribuídas. 

“Enquanto os EUA estão em uma situação muito melhor que estava a sete meses atrás quando entrei na Casa Branca, eu preciso dizer um segundo fato: nós estamos em um período difícil que ainda pode durar por um tempo”, disse Biden. 

Do ponto de vista do governo, o avanço da variante Delta do novo Coronavírus pode representar uma desaceleração na recuperação econômica do país, que atualmente já atinge a geração de emprego. No mês de agosto, segundo dados do Bureau of Labor Statistics, o Payroll não-agrícola registrou 235 mil novas vagas geradas na economia, contra 750 mil do mês anterior. 

Os efeitos gerados pela variante Delta ainda podem se estender para setores como o do turismo. Com a baixa adesão a vacinação e alta nas infecções, a tendência é que as pessoas fiquem mais em casa e deixem de comer em restaurantes, por exemplo, além de espantar turistas. 

“Não se trata de liberdade nem de escolha pessoal. Trata-se de nos protegermos a nós mesmos e aos que nos cercam, às pessoas com quem trabalhamos, às pessoas que nos importam, às pessoas que amamos”, disse o presidente.

Foto: Reuters / Divulgação 

Juan Tasso - Smart Money

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