Segundo dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã, a produção industrial brasileira caiu -0,7% em agosto na série livre de influências sazonais.
É o terceiro resultado negativo consecutivo do índice. No acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial teve alta de 7,2%.
“Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria recuou 0,7% em agosto de 2021, interrompendo, dessa forma, onze meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação”, disse o IBGE.
No mês de agosto, três das quatro grandes categorias industriais estudadas sofreram variação negativa. No caso dos ramos, 15 dos 26 registraram recuos neste mês.
As influências negativas de maior destaque ficaram para outros produtos químicos (-6,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%).
No caso das influências positivas, os principais destaques ficaram para produtos alimentícios (2,1%), bebidas (7,6%) e indústrias extrativas (1,3%).
No caso das grandes categorias, bens de consumo duráveis (-3,4%) apresentou a taxa negativa mais acentuada.
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No caso da variação negativa dos resultados de agosto na comparação com o mesmo período do ano passado (-0,7%), três das quatro grandes categorias estudadas apresentaram variação negativa.
Entre os ramos, 14 dos 26 ramos recuaram na comparação anual.
Entre as atividades estudadas, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos alimentícios (-7,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,2%).
Segundo o IBGE, essas atividades foram pressionadas, em grande medida, “pela menor fabricação dos itens açúcar cristal, VHP e refinado de cana-de-açúcar, biscoitos e bolachas, margarina, leite em pó, sorvetes e picolés, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, leite condensado e óleo de soja em bruto, na primeira; e óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petroquímica e gás liquefeito de petróleo (GLP), na segunda”.