De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o café, açúcar refinado e aipim estão entre os alimentos que mais sofreram com a alta de preços em 2021.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), conhecido como a inflação oficial brasileira, subiu 10,06% em 2021, a maior desde 2015. A alta nos preços é sentida diretamente no bolso do brasileiro, que viu a gasolina, por exemplo, subir 47,49% e o gás de botijão 36,99%.
Outra grande preocupação para o brasileiro está nas prateleiras de supermercados. O grupo de Alimentação e bebidas subiu 7,94% em 2021, desacelerando ante o resultado de 2020 (14,09%), enquanto produtos de higiene pessoal subiram 3,14%.
Os produtos alimentícios brasileiros, principalmente as frutas e grãos, foram prejudicados por problemas climáticos. A queda na oferta de produtos também foi um problema, junto com a desvalorização do Real ante o Dólar.
Considerando o grupo de Alimentação e bebidas, o café moído, um dos produtos alimentícios mais populares da mesa dos brasileiros, subiu 50,24% em 2021. Embora o produto seja produzido em solo brasileiro, por estar cotado na bolsa de Nova Iorque, o preço do café também sofre influência direta do dólar. Além disso, apesar de ser o maior produtor do mundo, o Brasil vende para o mercado interno usando como referência o preço de exportação.
No caso do açúcar refinado, a alta foi de 47,87% no ano, enquanto o aipim subiu 48,08%.
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Inflação sobe 10,06% em 2021, a maior desde 2015
Produtos do prato feito do brasileiro, como o tomate, frango e ovo subiram 18,60%, 29,85% e 13,24%, respectivamente. Na direção contrária, porém, o arroz e feijão caíram 16,88% e 8,12%.
Entre os produtos lácteos, o requeijão registrou a maior alta em 2021, subindo 17,47%. Iogurtes e bebidas lácteas subiram 15,61%. O queijo subiu 14,89%. Na direção oposta, o leite longa vida caiu 3,72%.
Exceto pela capa de filé e carne de porco, todas as carnes, que subiram 8,45% no ano, sofreram variação positiva no IPCA. As maiores altas ficaram para o filé-mignon, que subiu 30,91%, e carne de carneiro, com alta de 17,71%.
Entre os pescados, que subiram 3,28% em 2021, o peixe-palombeta subiu 15,95% e o peixe-cavala 14,89%. Na direção contrária, o camarão caiu 4,15% e o peixe-corvina, 2,38%.
Considerando o grupo das Frutas, que subiram 3,37% em 2021, o mamão, a pera e a melancia registraram as maiores altas no índice acumulado do ano, registrando altas de 36,01%, 29,59% e 25,53%, respectivamente.
Na direção contrária, o preço da maçã caiu 23,76% em 2021, enquanto o morango caiu 17,3% e a banana-d’água 13,36%.
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