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Banco Central eleva projeções para a inflação e admite que deve estourar a meta em 2022

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O Banco Central (BC) divulgou na manhã desta quinta-feira (24) o relatório de inflação, que apresenta as diretrizes das políticas adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) considerando os mais diversos cenários econômicos, tanto internos quanto externos. 

De acordo com o relatório divulgado hoje, as projeções do BC para a inflação brasileira subiram para 7,1% em 2022, estourando o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5%. 

A projeção faz parte do cenário mais provável estudado pelo BC, o que considera que as pressões nos preços do petróleo no mercado internacional continuarão impactando a economia global durante todo o ano, além de uma Selic a 13% a.a. de acordo com o último boletim Focus. 

Em um cenário alternativo, considerando uma tendência de queda nos preços do petróleo, a inflação brasileira deve terminar o ano em 6,3%, também estourando o teto da meta. 

Os preços do petróleo são um assunto central para o IPCA deste ano, pois impacta diretamente os preços dos combustíveis. Atualmente, a Petrobras segue as diretrizes do mercado internacional, que por sua vez está indexado ao Dólar. Quando o preço do barril sobe para níveis acima de US$ 110, a tendência é que a gasolina chegue mais cara para o consumidor. 

De acordo com os últimos dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina no Brasil está em R$ 7,26 nos postos de combustíveis, sendo que o preço do litro passa de R$ 8,30 em alguns municípios. 


Saiba mais

Focus: mercado projeta uma Selic ainda mais alta e uma inflação acima de 6,5%


Outro fator de preocupação é o surgimento de variantes de COVID-19. Segundo BC, embora a pandemia tenha apresentado menor intensidade no ano, o surgimento de novas variantes ainda é um ponto de preocupação, pois pode significar a aplicação de medidas mais severas de contenção: 

“A evolução da pandemia da Covid-19 continua sendo fator de risco relevante no cenário prospectivo para a economia mundial. O aparecimento de novas variantes, a efetividade da imunização da população, medidas de restrição à mobilidade e o distanciamento social ainda são fatores determinantes para o crescimento econômico e a inflação no mundo”, diz o BC. 

Considerando as perspectivas internas, o recente ‘boom’ nos preços das commodities, impactados pela guerra na Ucrânia, envia um “novo choque de oferta”, com impacto altista sobre a inflação e negativo sobre a atividade econômica. Para o BC, porém, a elevação das commodities pode significar um aumento de renda nos setores produtivos, como a agropecuária e a indústria extrativa mineral, incentivando a expansão de sua oferta. 

Foto: Agência Brasil / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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