Servidores do Banco Central (BC) aprovaram nesta segunda-feira (29) o início de uma greve por tempo indeterminado. A assembleia contou com mais de 1.300 servidores e com a aprovação de 90% da categoria.
Os funcionários do BC pedem por um reajuste de 19,9%, que é uma promessa do governo federal.
Até o momento, as negociações com a autarquia e com o governo federal não avançaram, e as paralisações, que já estavam acontecendo diariamente das 14h às 18h, devem se intensificar.
A greve também é uma resposta ao anúncio do presidente Jair Bolsonaro, que concedeu uma verba de R$ 1,7 bilhão para o reajuste para a categoria de policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários.
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Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, no Relatório Trimestral de Inflação da semana passada, a instituição tem planos de contingência no caso de paralisações:
“Respeito o direito dos funcionários. Eu sei que eles têm um enorme senso de responsabilidade e que temos esquemas de contingência caso algo mais severo aconteça”, disse Campos Neto.
De forma imediata, os dados estatísticos que deveriam ser publicados nesta semana serão adiados. Um deles é o dado relativo aos Investimentos diretos no país (IDP), que estava marcado para ser divulgado na segunda-feira (28).
A pesquisa do Boletim Focus, que é divulgada semanalmente, foi publicada com atraso pela segunda semana consecutiva. O Focus é geralmente divulgado às 8h25, mas foi publicado às 10h na segunda-feira (28).
Alguns dos sistemas mais prejudicados é o de Pagamentos Brasileiro (SPB) e os monitoramentos preventivos do sistema PIX e Selic, importantes para o funcionamento da autarquia.
Foto: Agência Brasil / Reprodução