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Netflix estima perder 2 milhões de usuários e ações despencam

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Após divulgar seus ganhos do primeiro trimestre do ano, a Netflix (NFLX34) informou que perdeu 200 mil usuários em sua plataforma, a primeira queda em mais de dez anos de história. Os números surpreenderam o mercado, já que a plataforma havia prometido 2,5 milhões de novas assinaturas nos primeiros três meses do ano. 

Segundo a companhia, espera-se perder mais 2 milhões de usuários até o fim do segundo trimestre do ano, ampliando o rombo em um dos serviços de streaming mais populares do planeta. Hoje, a Netflix possui 221,6 milhões de assinantes. 

Apesar dos lucros por ação terem aumentado para US$ 3,53, as ações da Netflix (NFLX34) chegaram a tombar acima de -27% no pré-market desta quarta-feira (20). 

Além dos efeitos diretos da saída da Netflix da Rússia, a companhia disse que o ‘boom’ registrado durante o período da pandemia de COVID-19 acaba gerando sintomas mais recentes nos números de usuários. 

A concorrência entre tantos outros serviços de streaming, como Hulu, HBO Max, Disney+, Apple TV e Amazon Prime, também é um dos grandes fatores que mudaram o comportamento do consumidor nos últimos anos, já que novos serviços são criados ano após ano. 

Além de disputar pelo bolso do consumidor, a Netflix também aumentou os preços da assinatura. Nos Estados Unidos, o plano básico passou de US$ 9 para US$ 10, enquanto o padrão subiu de US$ 14 para US$ 15,5. No Brasil, o plano com transmissão em 4K custa R$ 55,90, enquanto o plano básico, com transmissão a 480p, custa R$ 25,90. 


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Com Donbas e Netflix no radar, ganhos magros marcam o início desta quarta (20)


“Nosso plano é acelerar nossa taxa de visualização e crescimento de receitas através da aprimoração de todos os aspectos da Netflix – em particular a qualidade dos programas e recomendações, coisas que nossos assinantes valorizam”, diz o documento de ganhos da companhia. 

Por fim, segundo a companhia, o compartilhamento de senhas entre os usuários é um dos motivos que dificultam o crescimento na base de assinantes: 

“A porcentagem de compartilhamento de contas entre as assinaturas pagas não mudou muito durante os últimos anos, mas significa que é mais difícil crescer em números de assinaturas em vários mercados”, diz a carta aos acionistas da Netflix. 

A companhia possui alguns planos para tentar resolver os problemas de preços e compartilhamento de senhas. Em um vídeo, o co-CEO da companhia, Reed Hastings, disse que o serviço encontrará maneiras de monetizar esse compartilhamento de contas. 

Outro passo que a companhia deve executar é a criação de uma assinatura mais barata, mas com anúncios entre os conteúdos. Hoje, nenhum plano da Netflix consta com propagandas ou anúncios na plataforma. 

Juan Tasso - Smart Money

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