Cinco estatais da China devem ser desalistadas da New York Stock Exchange (NYSE) na medida em que as tensões com o governo dos Estados Unidos e agências regulatórias subiram nas últimas semanas.
As companhias a saírem da bolsa de Nova Iorque são China Life Insurance, Sinopec, Aluminium Corporation of China, PetroChina e Sinopec Shanghai Petrochemical Co.
As companhias devem ter suas American Depositary Shares (ADS) desalistadas ainda neste mês. Em nota conjunta, houve nenhuma menção acerca das tensões China-EUA.
A decisão acontece após as agências regulatórias não conseguirem permissão para analisarem registros dos auditores corporativos das empresas chinesas. Por isso, elas foram indexadas a Holding Foreign Companies Accountable Act (HFCAA), lei aprovada em 2020 que bota em cheque companhias chinesas que, segundo o governo norte-americano, são controladas por Pequim.
Caso a organização regulatória Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB) não consiga realizar seu trabalho, o Securities and Exchange Commission (SEC) pode optar por banir essas empresas da bolsa de valores norte-americana.
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Mais de 250 companhias chinesas, incluindo a gigante Alibaba e Baidu, estão na lista das correm o risco de serem banidas caso elas não colaborem com as agências regulatórias.
A principal agência regulatória chinesa disse a decisão das companhias de saírem da NYSA tem como motivação “considerações comerciais próprias”, e que as empresas sempre colaboraram com as agências norte-americanas.
Mesmo assim, o movimento é altamente relacionado com a escalada das tensões entre as duas maiores economias globais. Após a visita da presidente da Casa de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à Taiwan, seguido por declarações, exercícios militares e sanções aplicadas pela China, o mercado desconsidera que a guerra comercial travada entre os dois países está perto de encerrar.
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