O resultado industrial da China apresentou a segunda contração consecutiva, com o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor registrando 49,4 pontos em agosto, um pouco acima dos 49,0 pontos registrados no mês anterior.
Embora o resultado nominal tenha ficado acima dos resultados de julho, quando o indicador fica abaixo de 50 pontos, é sinal de contração no setor do país.
O resultado do PMI composto da China ficou em 51,7 pontos em agosto, resultado positivo impulsionado principalmente pelos resultados de 52,6 pontos do setor não-manufaturado. Mesmo assim, o resultado composto ficou abaixo dos 52,5 pontos do mês anterior.
A retração no setor industrial vem na mesma medida em que a China passa por uma das ondas de calor mais fortes da história nos últimos dois meses, com temperaturas chegando a 43,5ºC em Gao na última semana e 43,4ºC em Jianyang e Zigong.
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A onda de calor histórica é apontada como um dos motivos para a desaceleração econômica da China, agravada também pelas políticas de Covid Zero que isolaram dezenas de milhões de pessoas nas principais metrópoles.
Províncias alimentadas pelo maior rio do país, Sichuan, enfrentam cortes de energia elétrica conforme a capacidade de geração de energia elétrica caiu para 50%, prejudicando não só a população, mas setores comerciais e industriais que precisaram fechar as portas para o suprimento residencial ser priorizado.
Para além dos problemas na cadeia global de distribuição e políticas severas para conter o avanço da Covid, a China também enfrenta um grande problema no seu setor imobiliário, que culminou no risco de calote da companhia Evergrande.
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