Às 10h20 desta quinta-feira (13), o Dólar comercial está cotado a R$ 4,93, com queda de 0,23% no dia. A última vez que a moeda norte-americana tinha ficado abaixo de R$ 5 havia sido em junho do ano passado.
O mercado cambial é afetado por diversos fatores, internos e externos. A queda do Dólar na última semana é reflexo de atitudes políticas no Brasil, bem como um sintoma da situação econômica dos Estados Unidos.
Por lá, o Dollar Index (DXY) vem caindo desde pelo menos o início de março. Nos últimos dias, caiu após os dados inflacionários do país surpreenderem para baixo, podendo corroborar para a hipótese de que os ajustes nas curvas de juros estão dando o efeito desejado.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA somou 5% em março (ante 5,2% aguardados). Apesar de ter ficado abaixo das expectativas, ainda está muito acima da meta de 2%. Na ata divulgada pela FOMC, a sinalização de uma inflação elevada e um mercado trabalhista apertado é clara, indicando que mais apertos devem acontecer nos próximos meses.
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FOMC: pausa na curva de juros foi considerada
No Brasil, a perspectiva é que os juros comecem a cair logo no segundo semestre do ano conforme as pressões inflacionárias diminuam, mas a moeda norte-americana deve depreciar enquanto isso não acontece e conforme mais dinheiro entre no país no curto prazo.
Além do cenário monetário, os atritos do governo federal com o Banco Central (BC) diminuíram e o texto do arcabouço fiscal avançou. Ao término do quebra-cabeça fiscal, novas perspectivas econômicas para o Brasil devem surgir, o que pode impactar no desempenho da moeda.
Apesar das perspectivas que apontam para um Dólar acima de R$ 5,20 ao término do ano, de acordo com dados o Boletim Focus divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), o desempenho do Real também vai depender do desenvolvimento político e econômico do cenário interno.
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