O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação publicada pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,83% em junho.
Em maio, o índice havia ficado em 0,44%. Segundo o IBGE, um dos maiores impactos do mês que contribuíram para a aceleração no mês de junho foi o conjunto da energia elétrica (3,85%), do grupo de Habitação (1,67%).
Segundo o IBGE, o maior impacto (0,28 p.p.) no mês de junho veio dos Transportes (1,35%), que havia sido o único grupo a apresentar queda em maio (-0,23%).
No mês de junho, todos os grupos estudados pelo IBGE sofreram variação positiva:
Índice geral | 0,83% |
Alimentação e bebidas | 0,41% |
Habitação | 1,67% |
Artigos de residência | 1,38% |
Vestuário | 0,88% |
Transportes | 1,35% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,53% |
Despesas pessoais | 0,32% |
Educação | 0,03% |
Comunicação | 0,15% |
Segundo a pesquisa realizada, o peso da energia elétrica foi influenciado pelo acionamento da bandeira vermelha patamar 2 em junho, com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 kWh consumidos.
“Em maio, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que adiciona um valor menor na conta de luz (R$ 4,169 para os mesmos 100kWh consumidos). Além disso, foram aplicados reajustes tarifários em algumas áreas de abrangência do índice no final de abril”, diz o IBGE.
A conta de luz mais cara é fruto da crise hídrica que afeta as regiões sudeste e centro-oeste do país. Com os reservatórios em níveis baixíssimos, o governo aprovou o acionamento de usinas termelétricas para suprir a demanda no país. A energia elétrica produzida por essas usinas, porém, costuma ser mais cara.
Ainda no conjunto de Habitação, a pesquisa destaca a variação da taxa de água e esgoto (2,45%).
Quanto à Alimentação e bebidas, o conjunto alimentação no domicílio sofreu uma retração de 0,50% para 0,15% em junho. Isso por conta da redução de preço das frutas (-6,44%), da batata-inglesa (-9,41%), da cebola (-10,32%) e do arroz (-1,91%).
O IBGE destaca que o grupo de Alimentação fora do domicílio se comportou de maneira inversa no mês, com refeição (0,86%) e lanche (1,67%) acelerando no mês.
Confira a série histórica da variação mensal do IPCA-15:
Saiba mais
Uma das preocupações do setor econômico é que a inflação termine o ano maior que o previsto. Em 2021, a variação do IPCA-15 já acumula 4,13%.
No acúmulo de 12 meses, o IPCA-15 já soma 8,13%, 0,86 p.p. a mais que o registrado em maio (7,27%).
Abaixo, confira a variação do IPCA-15 no acúmulo de 12 meses: