O Banco Central (BC) anunciou nesta quinta-feira (02) que o PIX Saque e o PIX Troco estarão disponíveis a partir do dia 29 de novembro. As funções já haviam sido anunciadas pelo BC em maio deste ano, e possibilitam que o consumidor possa sacar dinheiro em comércios.
Segundo o BC, o sistema funciona da seguinte maneira: um consumidor que tenha um PIX cadastrado em uma das instituições financeiras parceiras do programa poderá pagar alguma compra, ou serviço, via QR Code, e receber o valor em espécie. O comércio também deverá possuir contrato com alguma instituição financeira que use o sistema de transferências novo.
No caso do PIX Troco, caso o consumidor deposite R$ 20, por exemplo, em uma compra de R$ 5, receberá R$ 15 em espécie.
“A possibilidade de contar com estabelecimentos comerciais para ofertar o serviço de saque tem o potencial de reduzir o custo logístico e operacional com a distribuição de numerário, racionalizando a movimentação de meio circulante, que é bastante custosa para o BC e para a sociedade, além de gerar novas possibilidades e promover maior segurança e agregar valor para os varejistas”, disse Carlos Eduardo Brandt, chefe adjunto do Decem.
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De acordo com o BC, após a realização de uma consulta pública, os consumidores terão quatro saques gratuitos por mês. A partir da quinta transação, as instituições financeiras ou de pagamentos detentoras da conta do sacador poderão cobrar por um valor adicional.
“Não haverá limite de quantidade de saques que o usuário poderá fazer – apenas o limite de valor máximo, a princípio estipulado pelo BC em R$ 500, por questões de segurança. Respeitado tal limite, as instituições e os agentes de saque podem definir limites adicionais, a depender das características do seu negócio. Por exemplo, uma loja pode estipular que o limite máximo por saque é de R$ 200”, disse o BC.
O lançamento do PIX Saque e PIX Troco é mais uma inovação promovida pelo Banco Central (BC) para poder modernizar o sistema. Futuramente, o PIX também começará a fazer parte do complexo sistema de Open Banking das instituições financeiras.
“Especialmente nos municípios do Brasil em que não há rede de caixas eletrônicos ou agências bancárias ou nas cidades que possuem pontos de saque muito concentrado em determinadas regiões, as pessoas terão maior comodidade e muitas possibilidades para a retirada de dinheiro em espécie, sem precisar se deslocar a outro município ou para outra parte da cidade, o que pode ser, inclusive, positivo para a economia local”, disse o chefe do Decem a respeito das inovações.
Foto: Agência Brasil / Reprodução