Os bancos Caixa e Itaú anunciaram nesta semana reduções na taxa de linha de crédito imobiliário. Segundo um anúncio feito pela Caixa Econômica Federal, a modalidade de linha de crédito terá taxa de 2,95% ao ano, mais a poupança.
É, portanto, no caso da Caixa, uma redução de 0,4 p.p.
No caso do banco Itaú, a modalidade de crédito imobiliário foi reduzida de 3,95% para 3,45% ao ano.
“Isso aqui foi uma primeira calibrada. Por que faz todo o sentido matemático? Exatamente porque o nosso spread bancário aumentou. Quanto maior a taxa de juros Selic, sem mexer nada no resto, maior é o ganho de todo o banco, em especial o que tem captação barata”, disse Pedro Guimarães, presidente da Caixa.
Consumidores que desejarem fazer simulações no sistema da caixa podem fazê-lo a partir do dia 4 de outubro no endereço www.caixa.gov.br. As contratações com os novos valores começam a partir do dia 18 de outubro.
“O que a gente sentiu? Tinha espaço para reduzir as taxas de juros neste segmento ligado à poupança. A gente fez essa primeira redução e o que a gente quer? Entender mais de vocês, fazer análises. Mas na nossa opinião existe espaço para várias outras discussões”, disse o presidente da Caixa.
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O anúncio vai na direção oposta do mercado se considerarmos os recentes aumentos nas taxas básicas de juros, a Selic, que está em 5,25% atualmente. Segundo a entidade, porém, os lucros de R$ 300 bilhões da Caixa e a fatia de 67,1% do mercado brasileiro justificam as mudanças.
Segundo o Banco Central (BC), o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a Selic em mais um 1 p.p., elevando-a para 6,25% na próxima reunião da entidade, marcada para acontecer nos dias 20 e 21 de setembro. Isso, na prática, aumentaria os juros de crédito imobiliário, já que os rendimentos da poupança estão atrelados à taxa.
Caso a alteração na taxa Selic se confirme, a linha de crédito imobiliário da Caixa, que passará de 7,15% para 6,73% com a alteração de 0,4 p.p., passará para 7,45% com a alteração do Copom, superior à registrada hoje. As informações são da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Isso acontece porque a linha de crédito imobiliário está atrelada aos rendimentos da poupança, que por sua vez são atrelados à 70% da meta Selic atual.