De acordo com dados do Boletim Focus, relatório mensal do Banco Central (BC) contando com a colaboração de mais de 100 instituições financeiras, o IPCA, conhecido como a inflação oficial brasileira, deve terminar o ano em 8,45%.
Comparado com dados da semana passada, é um aumento de 0,10% no índice, representando a 25ª variação consecutiva. No acumulado do mês, as projeções para a inflação já subiram 1,18%.
Para 2022, 2023 e 2024, as projeções ficaram em 4,12%, 3,25% e 3,0%.
As altas consecutivas da inflação projetada para 2021 indicam que as pressões causadas pelos aumentos nos combustíveis e crise hídrica seguem sendo um fator de preocupação para a economia brasileira.
No caso da crise hídrica, a seca no Sudeste e Centro-oeste devem pendurar até pelo menos novembro, com expectativa de mais altas nas contas de luz promovidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Até lá, o governo federal ativou usinas termelétricas, que costumam ser mais caras, para suprir a demanda energética do país, enquanto tenta barrar os efeitos que podem causar apagões em todo território brasileiro.
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), o Boletim Focus apresenta a mesma alta de 5,04% para 2021 registrada na semana passada. No acumulado de um mês, as apostas para o PIB já caíram 0,18 p.p.
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Selic e câmbio
Quanto a meta Selic, taxa básica de juros brasileira, o Boletim Focus não apresenta altas nas suas projeções, e mantém as análises para 8,25% a.a.
O Boletim desta semana é o primeiro após a alta na Selic promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na semana passada. Atualmente, a meta Selic está em 6,25%.
Quanto ao câmbio, o Boletim Focus não apresenta variação e fixa o Dólar em R$ 5,20.