O início de dezembro deve ser positivo para o mercado global, principalmente no Reino Unido. O país anunciou que vai começar a vacinar a população já na semana que vem, dependendo apenas da aprovação final da vacina da Pfizer (PFE) em parceria com a BioNTech (BNTX).
No Brasil, o teto de gastos continua sendo assunto latente. O governo ainda não foi definitivo sobre a extensão, ou extinção, do auxílio emergencial. A renovação do auxílio pode significar uma dificuldade do país de permanecer de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Esses e outros destaques você confere agora.
“NÃO DEIXEM AS COISAS PARA O ÚLTIMO DIA DO ANO”, DIZ MAIA
Em entrevista para o UOL, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira (30) que o estado de calamidade pública e o auxílio emergencial não devem ser renovados automaticamente pelas mãos dele. Para Maia, a questão do auxílio emergencial “é problema do governo, não da Câmara”.
“Não adianta forçar a mão porque, na minha presidência, no dia 31 de dezembro não haverá, em nenhuma hipótese, prorrogação automática do estado de calamidade”, disse Maia.
O presidente da Câmara também falou sobre a PEC da Guerra, que foi feita para simplificar gastos dos Executivos, e afrouxar a respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para Maia, o governo tem que respeitar a LRF a partir de janeiro. Para isso, a PEC da Guerra não deve ser renovada.
Maia ainda se posicionou contra a criação de uma nova CPMF, que cobra impostos sobre todas as transações financeiras digitais, e impostos sobre grandes fortunas.
REINO UNIDO PRETENDE COMEÇAR VACINAR POPULAÇÃO SEMANA QUE VEM
O mês de dezembro começou com ótimas notícias para a Europa. Sendo o primeiro país ocidental a aprovar a aplicação da vacina, o Reino Unido anunciou que pretende começar o processo de imunização da população já no dia 7 de dezembro, na segunda-feira.
A vacina em questão é da norte-americana Pfizer (PFE) em parceria com a alemã BioNTech (BNTX), que possui uma eficácia de mais de 95% de acordo com testes feitos na Fase 3 de desenvolvimento. O Reino Unido já encomendou 40 milhões de doses da vacina, sendo que duas aplicações são necessárias para o efeito total do imunizante.
A expectativa é que as primeiras doses sejam aplicadas logo depois da aprovação, começando pelos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (NHS em inglês). Posteriormente, a prioridade é vacinar idosos em asilos, e pessoas acima dos 80 anos.
Um dos desafios da vacinação da população está na própria vacina. O composto deve ser armazenado a -70ºC durante o transporte, e custa caro.
As farmacêuticas também já solicitaram à União Europeia (EU) nesta terça-feira (01) o uso emergencial do imunizante. A expectativa é que se a Agência Europeia de Medicamentos (EMA em inglês) aprovar com rapidez, a população europeia vai poder receber as primeiras doses ainda em 2020.
A vacina da Pfizer (PFE) aguarda aprovação emergencial nos EUA, que deve acontecer até o dia 10 de dezembro. O imunizante da Moderna (MRNA) também entrou com pedido de emergência no país, que deve ser analisado até o dia 17.
A Pfizer (PFE) pretende entrar com pedido para o Brasil. Por enquanto, a empresa enviou dados de testes realizados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O anúncio do governo britânico provocou uma onda positiva de otimismo no mercado global, que aguarda por uma volta da normalidade.
Saiba mais
Indecisões do governo sobre programas sociais marcam o mês de novembro
AGENDA
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou dados sobre o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) hoje de manhã. O índice subiu em 0,94% em novembro. A alta é de 4,06% desde o início do ano.
Às 15h, serão divulgados dados da balança comercial brasileira e exportações totais
BOLSAS E CÂMBIO
Os mais importantes índices europeus amanheceram o dia registrando altas na bolsa de valores. Um anúncio positivo de uma das vacinas desenvolvidas contra a COVID-19 animou os investidores, que agora esperam uma recuperação econômica mais forte.
A Moderna (MRNA), cuja vacina está na Fase 3 de desenvolvimento, a última antes da aprovação e distribuição, requisitou à Food and Drug Administration (FDA) dos EUA o uso emergencial do imunizante, que tem 94% de eficácia. A empresa pretende requisitar o uso emergencial na Europa também.
A vacina da Moderna (MRNA) é a segunda a requisitar uso emergencial nos EUA e Europa. Na semana passada, o imunizante da Pfizer (PFE) também fez o pedido.
As bolsas também seguem no otimismo quanto à vacina da Pfizer (PFE), que deve distribuir as primeiras doses para os profissionais de saúde já na semana que vem.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,77%, indo a 392,37 pontos
- DAX (GDAXI): +1,04%, indo a 13.429,75 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +2,00%, indo a 6.391,55 pontos
- CAC 40 (FCHI): +1,13%, indo a 5.580,95 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,32%, indo a 22.131,50 pontos
Dados positivos do setor de manufatura impulsionaram as bolsas asiáticas, que fecharam com seus principais índices em alta. As bolsas também seguem a tendência de otimismo do mercado global quanto às vacinas contra COVID-19.
- Hang Seng (HK50): +0,86%, indo a 26.567,68 pontos
- KOSPI (KS11): +1,66% , indo a 2.634,25 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +1,77%, indo a 3.451,94 pontos
- Nikkei 225 (N225): +1,34%, indo a 26.787,54 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +2,15%, indo a 5.067,10
Os índices Futuros dos EUA iniciaram o dia em altas. As bolsas são influenciadas pelo otimismo quanto às vacinas.
Além disso, os índices foram impulsionados por resultados melhores que o esperado do setor de manufatura chinês.
Às 8h da manhã:
- Nasdaq 100 Futuros subiu +0,92%, indo a 12.389,38 pontos
- Dow Jones Futuros subiu +1,16%, indo a 29.973,0 pontos
- S&P 500 Futuros subiu +1,10%, indo a 3.662,88 pontos
Às 9h05 da manhã, o Dólar e o Euro caem ante ao Real:
- O Dólar até agora caiu -0,42%, a R$ 5,30
- O Euro caiu -0,08%, a R$ 6,35
Foto: Reuters / Divulgação
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