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Brasil tem índices históricos na exportação de principais commodities

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Mesmo sofrendo os reflexos da pandemia do Covid-19, em 2020, o Brasil apresentou recordes de suas principais commodities. A informação é do Ministério da Economia, que espera boas expectativas sobre nova alta no saldo superavitário da balança comercial em 2021. A previsão é de um superávit de US$ 53 bilhões em 2021. Essa estimativa, que é atualizada a cada 90 dias, pela Secex, veio abaixo do esperado pelas instituições financeiras. O Banco Central projetou um superávit comercial para este ano em US$ 55,1 bilhões.

Segundo o comunicado do governo, o país assinalou números históricos de volumes embarcados, tendo como principais destaques o petróleo, açúcar, carnes e  café (que apresentou índice recorde). Observa-se que o açúcar e o café, tiveram apoio de compras da China.

Essa máxima histórica se reporta a um superávit que cresceu pela primeira vez depois de dois anos de queda. Exemplificando, em 2017, o indicador bateu recorde, atingindo US$ 66,989 bilhões. Após, o superávit registrou uma queda para US$ 58,033 bilhões em 2018 e em 2019, caiu ainda mais, para US$ 48,035 bilhões.

O carro chefe da exportação brasileira, em termos de valores, é a soja, que teve um crescimento nos embarques, de cerca de 13% de 2018 para 2019, ou seja, significativas 83 milhões de toneladas, com uma forte representatividade da demanda chinesa. Em 2020, os embarques de soja ficaram apenas 200 mil toneladas a menor, em relação ao volume de 2018. No entanto, as exportações de farelo de soja tiveram índices recordes em 2020, somando 17,5 milhões de toneladas.

Registra-se que o minério de ferro apresentou uma retração de 2% no total embarcado, sendo que Vale teve uma produção abaixo do esperado no ano de 2020. Mas, os embarques já estavam apresentando queda em 2019 –  de aproximadamente 335 milhões de toneladas – como consequência do desastre de Brumadinho. 

Mas os analistas do mercado mostram que, contando com a robusta demanda asiática, em receita, houve um crescimento de 14,3% nas exportações de minério de ferro, com o preço médio subindo 16,7% na comparação anual.


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A agência Reuters divulgou que quanto às exportações brasileiras de petróleo, estas alcançaram um patamar de 70,6 milhões de toneladas,ou seja, um acréscimo de 18,5% na comparação com 2019. Isso fez com que a China, além de outros países, acabassem explorando estes preços mais baixos,para comprar grandes quantidades, fazendo com que os embarques caíssem quase 19%, para 19,5 bilhões de dólares. E na medida em que acelera a produção do pré-sal, os embarques de óleos combustíveis também tiveram marcas recordes, de 15,5 milhões de toneladas.

O grão do café in natura, também colaborou com os índices históricos, pois fechou o ano com embarques recordes de 2,373 milhões de toneladas, o que representa 39,55 milhões de sacas de 60 quilos, com alta de 7,2% no volume embarcado e 9,6% no faturamento, para quase 5 bilhões de dólares.

O embarque do algodão, que é produzido principalmente nos estados do Mato Grosso, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Maranhão, também foi recorde, mesmo após as exportações terem sido adiadas, em razão das incertezas causadas pela pandemia.

Ainda conforme a Reuters, as exportações da pluma acompanham os recordes em valor de outros produtos, com 3,2 bilhões de dólares e um total de 2,12 milhões de toneladas. Aqui também houve uma grande demanda da China, que ainda colaborou para que o Brasil atingisse excelência nos números de exportações já vistas de carnes bovina e suína.

.Outro produto que entrou na fila dos preferidos dos asiáticos foi o açúcar. Os embarques totais chegaram à marca das 31 milhões de toneladas, somando quase US$ 9 bilhões. 

O Brasil também registrou alta na exportação de produtos agropecuários, em 2020, com um aumento de 6%. No entanto, caíram em 11,3% as vendas da indústria extrativa, sendo que também houve queda, de 2,7%, nas exportações de produtos da indústria de transformação. Em relação às importações, houve queda na compra de produtos de todos os setores.

As importações da indústria extrativa caíram 41,2%, a compra de produtos da indústria de transformação caiu 7,7% e as importações agropecuárias diminuíram 3,9%.

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