O Orçamento para 2021 continua pautando as notícias da semana. Embora ele já esteja sancionado pelo presidente, com cortes em verbas parlamentares e ministérios, do jeito que está, o texto pode causar uma paralisação geral no governo.
Falta de transparência e segurança foram os motivos dados pela Anvisa, importante agência reguladora brasileira, para rejeitar a importação da vacina Sputnik V, produzida na Rússia.
Esses e outros destaques você confere agora.
BOLSONARO DIZ QUE IRÁ RESOLVER “PROBLEMINHA” DO ORÇAMENTO SEM FURAR O TETO
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (26) que pretende resolver o que ele chamou de “probleminha” no orçamento.
“Estamos com probleminha no Orçamento agora, vamos tentar recuperar alguma coisa, sem furar o teto”, disse Bolsonaro.
O Orçamento para 2021, que arranca polêmicas desde sua aprovação pelo Congresso Nacional, foi sancionado com mais de R$ 19,8 bilhões de cortes em emendas parlamentares, e mais R$ 9 bilhões que devem afetar ministérios. Mesmo com esses cortes e deixando gastos com a pandemia fora do teto, como a conta subestima os gastos públicos, o governo segue com risco de paralisação.
“Dizer para aqueles que criticaram corte no orçamento: foi cortado, sim, por questão técnica, mas com toda certeza, brevemente, pelas vias legais, obviamente, nós faremos a devida recomposição do nosso orçamento. Porque o Brasil não pode e não vai parar”, disse Bolsonaro ontem (26).
Um dos ministérios afetados é o do Meio Ambiente. R$ 240 milhões foram cortados da verba, na mesma semana em que o Executivo prometeu na Cúpula de Líderes sobre o Clima que tratará o desmatamento com mais seriedade.
O pedido por recomposição do orçamento para o ministério já foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles:
Sancionado, o texto havia sido reprovado por Paulo Guedes e pela equipe econômica. O ministro chegou a chamar o projeto de “inexequível”, e entidades como o Tribunal de Contas da União (TCU) alertaram Bolsonaro por possível enquadramento pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Agora, o governo enfrenta um texto cuja execução parece difícil, e um Congresso que pressiona para a manutenção das emendas parlamentares. De forma prática, o desgaste do Planalto pode acontecer pelas duas vias.
ANVISA REJEITA IMPORTAÇÃO DA VACINA SPUTNIK
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou ontem (26) que rejeitou a importação da vacina Sputnik V contra COVID-19, imunizante produzido na Rússia.
14 estados brasileiros pediram pela autorização de mais de 30 milhões de doses da vacina, mas a decisão da Anvisa foi unânime entre as áreas técnicas. Segundo a agência, faltam relatórios técnicos que devem provar se a vacina se encaixa nos padrões de qualidade necessários.
A resposta da agência brasileira não é exclusiva. Em cerca de 23 países cuja vacina foi comprada, a vacinação da população não começou. Em uma das análises, a Anvisa constatou que o adenovírus que carrega as informações genéticas do vírus, que não deveria se multiplicar, está se reproduzindo. Isso, fatalmente, pode causar doenças.
“Não são informações burocráticas. O que a agência vem exigindo é o mínimo para a garantia da segurança população”, disse a diretora Meiruze Freitas em parecer.
Embora os governos estaduais usem da lei Covid, que facilita a importação de imunizantes contra o novo Coronavírus, a vacina ainda precisaria de um parecer técnico de agências reguladoras internacionais, como a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos. Tal parecer técnico, porém, ainda não existe.
Até o momento, o Brasil vacinou 29,6 milhões de pessoas, chegando a 13,9% da população. 13,1 milhões já receberam a segunda dose de um dos imunizantes distribuídos nacionalmente.
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AGENDA
Às 9h: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) referente ao mês de abril é publicado pelo IBGE.
BOLSAS E CÂMBIO
Em dia de expectativas quanto à reunião do Fed, os mercados europeus registram quedas nos seus principais índices.
Segundo especialistas, os EUA devem manter os juros baixíssimos para fomentar o crescimento do país e retomada econômica.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,15%, indo a 439,55 pontos
- DAX (GDAXI): –0,24%, indo a 15.260,10 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,07%, indo a 6.958,57 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,14%, indo a 6.266,97 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,26%, indo a 24.449,50 pontos
Os índices asiáticos fecharam de forma mista, com as bolsas chinesas representando os únicos ganhos do dia.
- Hang Seng (HK50): -0,20%, indo a 28.902,37 pontos
- KOSPI (KS11): -0,07% , indo a 3.215,42 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,04%, indo a 3.442,61 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,46%, indo a 28.991,89 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,26%, indo a 5.090,52 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,14%, indo a 14.030,50 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,10%, indo a 33.912,50 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,12%, indo a 4.184,38 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta terça-feira (27):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,21%, a R$ 5,43
- Às 9h03, o Euro caiu -0,05%, a R$ 6,58
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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