Não é exagero dizer que a tecnologia está cada vez mais presente nas nossas vidas. Na maneira como nos comunicamos, consumimos e passamos nosso tempo, a evolução do mundo tech facilitou quase que todos os aspectos do nosso dia a dia.
Não é diferente do mundo financeiro, que hoje é difícil de imaginar sem a presença dos processadores ultra potentes e um sistema computadorizado rápido e com um alcance global.
Assim, a maneira como nós efetuamos pagamentos, temos controle do nosso dinheiro e investimentos mudou drasticamente, e os dados confirmam isso.
De acordo com um recente relatório da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), sete de dez transações financeiras no Brasil em 2021 foram feitas no meio digital. No total, foram 119,5 bilhões de transações bancárias, impulsionadas principalmente pela incrível ascensão do mobile banking, que cresceu 28% em um ano e teve o volume total de 67,1 bilhões de transações, com 202 milhões de contas ativas.
Para se ter uma ideia de como os canais digitais dominaram o setor bancário, em 2017, o volume de transações totais foi de 73,2 bilhões, com o mobile banking representando apenas 25,3 bilhões dessa fatia.
Considerando apenas as transações com movimentação financeira, o crescimento da plataforma mobile fica ainda mais aparente. Houve um crescimento de 75% de 2020 para 2021, impactado principalmente pelo crescimento na adesão no sistema PIX de pagamentos.
Na variação anual terminada em março de 2022, o número de consumidores que realizam mais de 30 transações via PIX por mês cresceu 809%, ou 3,9 milhões de pessoas.
Nas palavras da Febraban: “Em pouco mais de um ano de sua implementação, o PIX tem trazido mais agilidade e facilidade nos pagamentos e transferências de valores”. Existe hoje em curso no Brasil uma grande mudança no padrão de consumo.
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O futuro
É seguro dizer que os impressionantes números do mobile banking devem continuar surpreendendo no futuro conforme o meio digital se torne o status quo do nosso sistema financeiro.
Isso, alinhado ao lançamento do meio de pagamentos PIX e o Open Banking, mudará ainda mais o jeito como consumimos e cuidamos da nossa saúde financeira.
O número de pessoas físicas que optaram por compartilhar seus dados bancários com o sistema de Open Finance aumentou em 18% em 2021. A tendência, segundo a Febraban, é que isso continue crescendo em relevância na medida em que os serviços bancários fiquem mais simples e com ofertas melhores.
Existem também as tecnologias que ainda estão em fase de estudo, mas logo mais estarão no nosso dia a dia. Uma delas é o Real digital, uma moeda centralizada aplicada em blockchain. Ela será uma extensão da moeda física com a distribuição intermediada pelos órgãos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Segundo o próprio Banco Central (BC), as diretrizes que envolvem a implementação da moeda digital abordam uma “ênfase na possibilidade de desenvolvimento de modelos inovadores a partir de evoluções tecnológicas, como contratos inteligentes (smart contracts), internet das coisas (IoT) e dinheiro programável”.
Segundo a autarquia, podemos ver a implementação desse sistema já nos próximos cinco anos.
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