De acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem dos combustíveis brasileiros negociados nas refinarias já está acima de 10% em relação ao mercado internacional.
Considerando os dados da segunda-feira (10), a gasolina brasileira está 10% abaixo do mercado internacional, enquanto no caso do diesel essa diferença é de 13%.
Hoje, a gasolina negociada pela Petrobras está em R$ 3,28. Segundo os cálculos da Abicom, para estar de acordo com o mercado internacional, os preços precisariam ser ajustados em R$ 0,32 por litro. O último ajuste foi feito no dia 1 de setembro, quando os custos foram reduzidos em 7%.
A Petrobras segue hoje a Preço de Paridade Internacional (PPI), que considera a variação do petróleo no mercado internacional. Os últimos meses de reajustes negativos nos preços acompanha a desvalorização da commodity no mercado internacional com o crescimento dos temores de uma recessão global.
Abaixo, acompanhe a variação do petróleo desde novembro do ano passado:
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Os preços do petróleo seguiram uma tendência de queda até a terceira semana de setembro, registrando preços abaixo de US$ 84 por barril. Com os problemas no mercado energético e guerra na Ucrânia, porém, o preço já passa de US$ 94 às 10h55 desta terça-feira (11).
Para agravar a situação, a recente decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) pode pressionar ainda mais os custos da commodity.
O cartel optou pelo corte de 2 milhões de barris por dia (bpd) na oferta global de petróleo, representando cerca de 2% do mercado.
A decisão não agrada economias como as dos Estados Unidos, que viu sua inflação retraindo nos últimos meses. Além disso, um petróleo mais caro também significa mais dinheiro em caixa para a Rússia, que hoje consegue financiar a guerra no leste europeu apesar dos pacotes de sanções aplicados pela União Europeia (UE).
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