O Brasil registrou uma deflação de 0,29% no mês de setembro, apontam os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com os dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Brasil chega ao terceiro mês consecutivo de deflação.
A deflação registrada em setembro foi menor que a registrada nos meses anteriores, julho e agosto, quanto o indicador teve variação de -0,68% e -0,36%, respectivamente. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,09% em 2022 e de 7,17% nos últimos 12 meses.
O IPCA apontou uma forte desaceleração na inflação brasileira em setembro. No mesmo período do ano passado, a inflação avançou 1,16%. Essa queda na comparação anula fez com que o acumulado nos últimos 12 meses caísse de 8,73% no mês passado para os 7,17% registrados no IPCA de setembro de 2022.
Período | IPCA |
Setembro 2022 | -0,29% |
Agosto 2022 | -0,36% |
Setembro 2021 | 1,16% |
Acumulado no ano | 4,09% |
Acumulado em 12 meses | 7,17% |
Assim como nos meses anteriores, o grupo Transportes (-1,98%) foi o maior responsável pela deflação registrada em setembro de 2022 no Brasil. O grupo teve um impacto de –0,41 ponto percentual no resultado final do IPCA.
Os dados no grupo Transportes foram alcançados em consequência à redução nos preços dos combustíveis (-8,50%). Os quatro combustíveis observados pela pesquisa do IPCA recuaram em setembro. A gasolina (-8,33%) foi o grande destaque, sendo também o item individual com maior impacto no resultado final do IPCA: -0,42% ponto percentual.
Item | Taxa |
Etanol | -12,43% |
Gás veicular | -0,23% |
Gasolina | -8,33% |
Óleo diesel | -4,57% |
A deflação registrada em setembro foi acompanhada por quatro dos nove grupos de produtos e serviços observados pela pesquisa. Além de Transportes, os grupos Comunicação (-2,08%), Alimentação e bebidas (-0,51%) e Artigos de residência (-0,13%) também apresentaram variação negativa no período.
Na outra ponta, a maior alta registrada no mês foi do grupo Vestuário (+1,69%), que foi responsável por um impacto de 0,08 p.p. no IPCA. O maior impacto positivo no indicador em setembro foi do grupo Saúde e cuidados pessoais (+1,31%), que contribuiu com 0,17 p.p. no período.
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