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Ativos financeiros estão mais sensíveis, aponta ata do Copom

3 Minutos de leitura

O Banco Central (BC) publicou nesta terça-feira (13) a ata da 251ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No documento, o BC reforça a preocupação do Comitê com o ambiente externo e destaca as revisões para baixo das perspectivas de crescimento da economia global. 

Na última quarta-feira (07), o Copom anunciou a manutenção da Selic em 13,75% ao ano. Foi a terceira vez consecutiva em que o comitê optou pela manutenção da taxa básica de juros da economia brasileira no patamar atual. Com a decisão, a Selic encerrará 2023 neste valor. 

Para o Copom, o cenário se mantém “adverso e volátil”, como já pontuado na ata da reunião anterior. O aperto monetário nas principais economias do mundo e a crise energética na Europa aparecem como maiores fatores de influência para o estabelecimento deste cenário. 

“O aperto das condições financeiras nas principais economias, as dificuldades no fornecimento de energia para a Europa e o cenário desafiador para o crescimento na China, em parte devido à política de combate à Covid-19, reforçam uma perspectiva de desaceleração do crescimento global nos próximos trimestres”, aponta a ata do Copom. 

A inflação também continua no radar, com o Copom considerando que o controle da mesma ainda é um desafio. O comitê destaca que é possível, no entanto, observar uma normalização nas cadeias de suprimento e uma acomodação nos preços de commodities, fatores que podem aliviar a pressão inflacionária global. 

O comitê aponta que há uma maior sensibilidade dos ativos financeiros aos fundamentos fiscais e uma menor liquidez em diversos mercados.


Saiba mais 

Focus: inflação cai para 5,79%


A fala vai de encontro com a última edição da Pesquisa de Acesso ao Financiamento de Empresas (SAFE, na sigla em inglês), conduzida pelo Banco Central Europeu (BCE). O relatório divulgado na terça-feira passada (13) aponta que as empresas europeias enfrentam ambiente econômico ‘deteriorado’

Segundo a ata do Copom, as divulgações mais recentes no cenário doméstico também corroboram com o cenário de desaceleração econômica observado pelo comitê. 

“A divulgação do PIB do terceiro trimestre de 2022 sinaliza uma redução no ritmo do crescimento em relação aos trimestres anteriores, ainda que se observe expansão em todos os componentes da demanda. De maneira análoga, o mercado de trabalho segue se recuperando, mas em menor ritmo do que nos meses anteriores”, aponta. 

Mesmo com a recente desaceleração recente, o Copom ainda considera que a inflação brasileira se encontra em um patamar elevado. De acordo com os dados mais recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação acumulada nos últimos 12 meses até novembro de 2022 é de 5,90%, ainda acima do teto da meta estipulada de 3,5%. 

“O Comitê julgou que há ainda muita incerteza sobre o cenário fiscal prospectivo e que o momento requer serenidade na avaliação de riscos. O Comitê reforça que seguirá acompanhando os desenvolvimentos futuros da política fiscal e seus potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva”, explica a nota do Copom. 

No documento, o Copom apontou ainda que se manterá vigilante até que se consolide um cenário de cumprimento da meta da inflação. O comitê afirma que não hesitará em retomar o ciclo de alta da Selic nos próximos meses caso seja necessário conter mais uma pressão inflacionária. 

2023 

Para 2023, o BC já divulgou o calendário das reuniões do Copom. O comitê retoma seus encontros no final do mês de janeiro, com a primeira decisão de taxa de juros do ano acontecendo no dia 1º de fevereiro.  

Abaixo, você confere as datas das reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central no próximo ano:


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Guilherme Guerreiro

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