Segundo o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) contando com a colaboração de mais de 100 instituições financeiras, a meta Selic, considerada a taxa básica de juros do Brasil, deve terminar o ano em 6,63% a.a.
Comparado com as projeções da semana passada, é um aumento de 0,13% p.p. Para 2022, as projeções também subiram, de 6,75% a.a. para 7% a.a.
A tendência é que a Selic aumente conforme as pressões inflacionárias surpreendam o setor econômico. Atualmente, elas são provenientes da crise hídrica no Sudeste e Centro-Oeste do país, além das altas dos combustíveis nas refinarias.
Quanto à crise hídrica, o uso de usinas termelétricas para suprir a demanda provocou o aumento da tarifa da energia elétrica, que atualmente está no segundo nível da bandeira vermelha.
Segundo órgãos do governo, a crise deve se estender até novembro, período que marca o fim da estiagem. Até lá, existe o risco de racionamento de energia elétrica, além de apagões.
Segundo o Boletim Focus, a inflação deve terminar o ano em 6,11%, bem acima do teto da meta de 5,25% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Comparado com a semana passada, é um aumento de 0,04%.
Confira a variação histórica do IPCA segundo o Boletim Focus desde a segunda semana de março:
Para 2022, 2023 e 2024, a inflação deve ficar em 3,75%, 3,25% e 3,16%, respectivamente.
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PIB e câmbio
As análises para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro também subiram. Seguindo a tendência de projeções positivas do mercado, o Boletim Focus indica que o índice de crescimento econômico do país deve terminar o ano em 5,26%.
Comparado com a semana passada, é um aumento de 0,08%. Para 2022, 2023 e 2024, o PIB deve ficar em 2,09%, 2,50% e 2,50%, respectivamente.
O câmbio sofreu uma leve variação positiva de R$ 0,01 comparado com o boletim da semana passada, indo a R$ 5,05 até o término do ano.