Segundo o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) contando com a colaboração de mais de 100 instituições financeiras, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado como a inflação oficial brasileira, deve terminar o ano em 5,97%.
Na comparação com o boletim da semana passada, o aumento nas projeções é de 0,07%.
Atualmente, o principal fator que pesa a inflação do país é a crise hídrica que afeta as regiões sudeste e centro-oeste do país. Com a seca, que deve durar até novembro, o governo aprovou o uso de usinas termelétricas para suprir a demanda.
O problema é que a energia das termelétricas costuma ser mais cara. Por isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) já aumentou a bandeira vermelha para o nível 2 no mês de junho.
Com a conta de luz mais cara, o IPCA-15, considerado como uma prévia da inflação publicada pelo Banco Central (BC), ficou em 0,83% em junho. O conjunto de energia elétrica aumentou 3,85% no período.
No mês de maio, o maior impacto no IPCA, que é publicado mensalmente pelo IBGE, foi a energia elétrica, com alta de 5,37%.
Confira a variação do IPCA segundo o Boletim Focus:
Outro índice que sofreu variação positiva é o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a análise das instituições financeiras, o índice de crescimento do país deve ficar em 5,05% em 2021. Na comparação semanal, o índice subiu 0,05%.
O aumento faz jus às recentes projeções do mercado quanto à recuperação do Brasil para o ano.
Para 2022, 2023 e 2024, o PIB deve ficar em 2,11%, 2,50% e 2,50%.
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Selic e câmbio
Mesmo com o aumento das projeções quanto à inflação brasileira, as análises quanto à Selic não sofreram variação na semana. Segundo as análises, a taxa básica de juros brasileira deve terminar o ano em 6,50% a.a.
O câmbio também não sofreu variação e deve terminar 2021 em R$ 5,10.