Segundo o Boletim Focus, relatório semanal divulgado pelo Banco Central (BC) contando com a colaboração de mais de 100 instituições financeiras, a inflação brasileira deve terminar o ano em 7,27%.
As altas consecutivas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) refletem um cenário de descontrole na alta dos preços, impulsionada pela crise hídrica que assola o Sudeste e Centro-oeste do país, além das altas consecutivas dos combustíveis nas refinarias.
Comparado com os dados da semana passada, é uma alta de 0,16% nas projeções. Em um mês, as apostas para o IPCA já subiram em 0,48%. A inflação brasileira para 2021, portanto, deve ficar muito acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 5,25%.
As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) retraíram na comparação com o boletim da semana passada. O mercado enxerga um crescimento econômico de 5,22% em 2021, uma redução de 0,05% comparado com o Focus da semana anterior.
Em um mês, as projeções para o PIB brasileiro reduziram em 0,08 p.p.
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Quanto é a inflação para cada faixa de renda?
Selic e câmbio
Uma das consequências de uma inflação acima do esperado é a possível manutenção da meta Selic, a taxa básica de juros do país. O instrumento é utilizado pelo Banco Central (BC) para tentar barrar a alta nos preços.
Atualmente, a Selic está em 5,25% a.a. Segundo o Boletim Focus, porém, ela deve terminar o ano em 7,50%. Não houveram alterações nas projeções na comparação semanal. No mês, porém, a alta é de 0,50 p.p.
Quanto ao câmbio, a projeção de economistas subiu R$ 0,05 na comparação semanal e o Dólar deve terminar o ano em R$ 5,15.