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Bolsas chinesas despencam após pressões regulatórias atingirem setor privado de educação

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Após pressões regulatórias chinesas no setor privado de educação, que já não são novidades no país, as bolsas passaram por um intenso sell-off nesta terça-feira (27), acompanhando a queda de importantes índices do setor de tecnologia do país.

O índice de Xangai fechou com queda intensa de -2,49%, enquanto o de Hong Kong caiu -4,42% e o SZSE Component Index caiu -3,67%. O CSI 300, que lista grandes companhias de Shenzhen e Xangai, caiu -3,52%.

Quanto ao setor de tecnologia, a Tencent, uma das maiores companhias do ramo de tecnologia e entretenimento, caiu -8,98%.

A perda de milhões em valor de mercado acontece após sinalizações de órgãos regulatórios chineses quanto ao sistema privado de educação do país, um mercado de US$ 120 bilhões. Oficiais do país querem impedir que essas companhias, especialmente as focadas em tutoria online, virem um modelo de lucro.

O anúncio foi feito através de uma publicação do Ministério da Educação do país:

“Operações capitalizadas são estritamente proibidas; Aquelas que violarem as regulações devem ser limpadas e retificadas”, diz a nota. O governo quer proibir que essas instituições recebam financiamento extrangeiro através de aquisições e fusões.

“Levadas por utilitarismo e ligadas ao capital, um grande número de instituições primárias e secundárias de treinamento remoto, especialmente aquelas com uma grande gama de instituições de treinamento sem qualificação, se desviaram do propósito de uma educação sem propósito de lucro”, diz um texto publicado no site do ministro da Educação.

Embora o impacto seja sentido diretamente no setor de educação privada, o medo de economistas é que essas pressões regulatórias se expandam para outros setores do país.


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Enquanto isso, a China também aumenta as pressões no setor de delivery de comida. O órgão State Administration for Market Regulation (SAMR) disse em uma nota que trabalhadores do setor devem receber pelo menos os salários mínimos locais, para que não só sejam valorizados, mas que o trânsito esteja mais seguro.

As respostas das companhias de ambos os setores afetados pela forte regulação do país são de comprometimento. Uma das maiores companhias do país do setor de delivery, o Meituan, disse em nota que as mudanças devem beneficiar a China como um todo:


“Nós estamos comprometidos em melhorar os nossos padrões para proteger os direitos de nossos sócios, que inclui os motoristas de delivery. Nós acreditamos que as novas mudanças irão beneficiar o desenvolvimento saudável da indústria de internet da China como um todo”, disse a companhia.

Foto: Reuters / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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