O Brasil é uma das maiores referências no setor de biocombustíveis há décadas, e a intenção do governo é fazer com que o país seja ainda mais forte na área nos próximos anos. Maior produtor mundial de cana-de-açúcar, o Brasil busca fazer com que o etanol ganhe mais mercado mundialmente e vê a Índia como principal consumidor em potencial.
Biocombustíveis são uma realidade no Brasil desde o Proálcool, programa que completa 45 anos em 2020. Segundo um estudo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), desde os lançamentos dos carros flex (em 2003), a emissão de gases causadores do efeito estufa no Brasil foi reduzida em 600 milhões de toneladas até o final de 2019.
As iniciativas serão discutidas no Summit Agronegócio Brasil 2020, evento promovido pelo Estadão, o evento acontecerá entre os dias 23 e 25 de novembro. Por enquanto, o mercado de biocombustíveis está muito concentrado em dois países, Brasil e EUA. O setor vê a Índia como um grande mercado em potencial para o etanol, até mesmo porque o país é um dos grandes produtores de cana-de-açúcar do mundo.
Estimular a produção de etanol na Índia é de extremo interesse tanto do Brasil quanto da Índia. A Índia é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, mas a grande maioria de suas plantas são usadas apenas para a produção de açúcar, principalmente por falta de tecnologias para produção de etanol. Na prática, a indústria indiana acaba por produzir açúcar até mesmo em excesso, pressionando os preços do produto para baixo no mercado internacional.
A Índia sofre também com a poluição no ar e com os impactos financeiros causados pela necessidade de importar o petróleo a ser refinado em território nacional. Para o país, a implementação massiva de veículos movidos a etanol acarretaria em vantagens econômicas e ambientais importantes.
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