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Vale aposta na sustentabilidade para melhorar a imagem da empresa no mercado

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A mineradora Vale iniciou nesta semana um projeto arrojado e que vai ao encontro da consciência sustentável – hoje projeção em escala mundial – com o aproveitamento de rejeitos da mineração, transformando-os em material voltado ao setor da construção civil. A ideia é que blocos de concreto e pisos advenham deste material, ajudando ainda a empresa a desafogar suas barragens. Especialistas acreditam que o projeto, embora ainda começando a engatinhar, é uma maneira da mineradora diminuir a necessidade pelas barragens, levando-se em conta ainda o risco que representam. Essa é a primeira iniciativa da Vale para reaproveitar os rejeitos das minas.

Essa consciência socioambiental traz a reboque ainda o interesse das empresas em permanecer no mercado e continuar provocando o interesse de investidores e financiadores. Para a Vale, este é um ponto muito importante, pois os acidentes registrados em Mariana e Brumadinho, considerados os maiores desastres ecológicos do Brasil, segundo especialistas, prejudicaram a imagem da empresa. Com o projeto, a mineradora tenta também recuperar o valor de mercado perdido nos acidentes. 

A unidade voltada a transformação dos rejeitos – construída numa área de 10 mil m2, dentro do Complexo Vargem Grande, em Minas Gerais, é totalmente automatizada, ao custo de R$ 25 milhões – será operada por oito mulheres e deve passar por dois anos de testes. A unidade terá capacidade para reaproveitar cerca de 30 mil toneladas de rejeitos e produzir 3,8 milhões de pré-moldados para o setor da construção civil. 

DESTINAÇÃO

Porém, o volume é assinalada como pequeno perto da quantidade produzida pela Vale nas operações de minério de ferro.  Em 2019, foram 55,2 milhões de toneladas – sem considerar o material estéril, que é empilhado. O processamento a seco representa em torno de 60% da produção de minério da empresa. O projeto contará com a cooperação técnica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), que terá 10 profissionais atuando na pesquisa. 

Nos 24 meses de testes, a Vale irá destinar a produção da unidade para uso interno e também para doação para órgãos públicos. O primeiro lote será destinado à construção de um piso drenante na Reserva de Linhares, no Espírito Santo, administrada pela empresa. 

Mas tornar o projeto viável não é uma tarefa fácil. O vice-diretor de Habitat e Infraestrutura do Instituto de Engenharia (associação dos engenheiros), Habib Jarrouge Neto, diz que a iniciativa da Vale é algo que se tenta tirar do papel há algum tempo, mas que ainda não se mostrou viável economicamente. Este projeto já estava no papel há muito tempo, explicou a empresa. Mas o problema era a área financeira. Porém, o alto grau de periculosidade que as barragens passaram a representar, pode ser o que faltava para que tecnologias inovadoras sejam viáveis. 

Mas o executivo argumenta que o alto grau de periculosidade que as barragens passaram a representar pode ser um fator que impulsione novas tecnologias para tornar o projeto viável. Também com a legislação mais rígida, a Vale acredita que pode valer a pena subsidiar esse projeto.

Foto: Reprodução/YouTube

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