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Campos Neto: pior momento da inflação já passou e crescimento será maior que o esperado

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De acordo com o presidente do Banco Central (BC) brasileiro, Roberto Campos Neto, o Brasil já está passando do pior momento das pressões inflacionárias, na medida em que a política monetária da autarquia está gerando os resultados necessários. 

“Acreditamos que a ferramenta disponível é capaz e vai frear o processo inflacionário. Acreditamos que a maior parte do processo já foi feito. Precisamos fazer trabalho de ancorar expectativas”, disse ele. 

A principal ferramenta do BC para a tentativa de controle de inflação é o reajuste nas taxas básicas de juros, a Selic. A curva de aumento de juros em resposta às pressões inflacionárias iniciou no Brasil em março do ano passado, quando a Selic estava em 2% a.a. 

Hoje, a meta das taxas de juros está em 13,25% a.a., um pouco próxima das taxas registradas durante a crise de 2016. 


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As declarações de Campos Neto foram feitas durante o Fórum Jurídico de Lisboa nesta segunda-feira (27). Nela, o presidente da autarquia disse que os dois últimos números da inflação ficaram de acordo com as expectativas. 

De acordo com os últimos dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumula alta de 11,73%, abaixo dos 12,13% previamente registrados. 

Para 2022, as estimativas do Banco Central (BC) apontam que o IPCA brasileiro encerrará o ano em 8,8%, acima do teto da meta de 5%. Segundo Campos Neto, a autoridade monetária também avalia os impactos das medidas de desoneração tributária, como a que impõe um teto para o ICMS. 

“A gente tem algumas medidas que estão sendo desenhadas pelo governo”, disse ele. “A gente precisa entender qual vai ser o efeito dessas medidas no processo inflacionário, ainda não está claro”. 

As medidas do governo tentam combater um dos principais vilões da inflação global de 2022: os combustíveis. Com a guerra na Ucrânia e disparada no mercado energético, os preços para o consumidor se tornaram uma grande dor de cabeça para as principais economias. Para Campos Neto, os efeitos nos mercados energético e de alimentos estão disseminados. 

“Se tem uma coisa que está acontecendo nos índices de inflação de todos os países é que está ficando mais disseminado”, aponta ele. “O que isso vai gerar em termos de economia mundial? Será que vamos ter uma recessão mundial? Qual é o tipo de desaceleração a gente vai ter? Acho que essa é a pergunta mais importante”. 

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o BC acredita em uma expansão de 1,7% em 2022, com boa atividade no segundo trimestre acompanhada de uma desaceleração na segunda metade do ano. 

Foto: Agência Brasil

Juan Tasso - Smart Money

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