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Viagens mais caras: passagens aéreas mais que dobraram nos últimos 12 meses

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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os custos das passagens aéreas no Brasil subiram 123,26% em um ano. 

Os dados fazem parte do levantamento da prévia da inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). De acordo com os dados de junho, as passagens aéreas subiram 11,36% na variação mensal. 

O alto custo das passagens aéreas brasileiras é resultado direto da variação dos preços dos combustíveis. De acordo com o levantamento do IBGE, os combustíveis saltaram 19,15% nos últimos 12 meses, enquanto a gasolina subiu 27,36% e o diesel 51,4% no mesmo período. 

O mercado energético é pressionado principalmente pelos efeitos sintomáticos da guerra na Ucrânia. No mercado internacional, o petróleo chegou a disparar para US$ 135 por barril nos primeiros dias de conflito. Nesta terça-feira (28), o barril de brent, do Mar do Norte, está custando US$ 116. 

Além dos fatores externos, é importante considerar o reajuste promovido pelas companhias aéreas no período pós-pandemia de COVID-19. As companhias, com a demanda muito prejudicada, estavam praticando preços abaixo da média. 


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Prévia da inflação sobe além do esperado em junho e acumula alta acima de 12%


As pressões trazidas pela guerra obrigaram a Petrobras a elevar os preços da gasolina em 5,18% e 14,25% para o diesel, saltando os custos da porta das refinarias para R$ 4,06 e R$ 5,61 por litro, respectivamente. 

O querosene de aviação (QAV) foi ajustado em 11,4% pela Petrobras no início do mês, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Como o setor é dolarizado, o desempenho da moeda brasileira ante o Dólar também é um fator agravante. No acumulado de 2022, a alta nos custos de QAV é de 60%. 

Tanto o desempenho do Dólar, quanto o aumento dos combustíveis nas refinarias e as sanções aplicadas contra a Rússia por conta da guerra são fatores agravantes no alto custo das passagens, já que 30% das despesas dos serviços aéreos são puramente por conta dos combustíveis.  

De acordo com dados da startup Onlyfly, algumas rotas de avião chegaram a triplicar considerando os dados de abril. A ponte aérea Rio de Janeiro > São Paulo, por exemplo, aumentou em 316,81% nos últimos 12 meses. 

O problema dos combustíveis atinge praticamente todos os setores de transporte. De acordo com o IPCA-15, os transportes por aplicativo aumentaram em 64,03% em um ano, enquanto o transporte público publicou subiu 21,73% e o táxi 13%. 

Juan Tasso - Smart Money

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