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Citi projeta petróleo abaixo de US$ 70 com recessão e brent despenca 10%

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Com um mercado apreensivo quanto à possibilidade de uma recessão global, o preço do barril de brent, do Mar do Norte, despenca 10,2% às 15h15 desta terça-feira (05), a US$ 102,14, aproximando a commodity dos US$ 100, que não acontece desde a segunda semana de abril. 

Para o Citibank, os preços do petróleo no mercado internacional podem despencar para US$ 65 neste ano caso uma possível recessão impacte as grandes economias. Para 2023, a queda pode chegar para US$ 45. 

Fonte: Markets Insider 

As pressões do petróleo no mercado internacional ficaram intensas após a invasão da Rússia na Ucrânia no início do ano, levando a commodity a disparar para US$ 130 nas primeiras semanas de conflito. 

Após inúmeras sanções aplicadas pelos Estados Unidos e Europa contra o governo Putin, altas no mercado energético e inflação batendo recordes, as potências optaram por apertar suas políticas monetárias. Nos EUA, três reajustes, um de 0,25 p.p., outro de 0,50 p.p. e um de 0,75 p.p. já inauguraram a nova curva de juros. Na Zona do Euro, ela deve começar a subir a partir de julho. 

Com bancos centrais correndo atrás da inflação, existe um sentimento forte no mercado de que as contrações nos crescimentos econômicos provocarão uma recessão no ano que vem. 

“As evidências históricas sugerem que a demanda por petróleo fica negativa apenas nas piores recessões globais, mas os preços do petróleo caem em todas as recessões para perto de seu custo marginal”, disse o Citi. 

A instituição financeira também disse que as perspectivas atuais são resultado de uma redução no investimento de produção do petróleo e a falta de intervenção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+). 

São perspectivas um pouco diferentes das apresentadas pela JPMorgan, que disse nesta semana que o barril de petróleo pode chegar a US$ 380 caso a Rússia corte definitivamente a produção em resposta ao anúncio dos países do G7 de que os preços do barril russo podem receber um teto de preço. 

Apesar do brent se aproximar do patamar dos US$ 100, é consenso entre especialistas que o mercado em 2022 ainda é marcado pela alta volatilidade e exposição a choques de oferta, podendo trazer alterações para o cenário. 

Juan Tasso - Smart Money

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