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Com pressões inflacionárias, o BCE confirma os planos de fim da compra de títulos no terceiro trimestre

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Em meio a pressões inflacionárias no continente, o Banco Central Europeu (BCE) confirmou seus planos de encerrar a compra de títulos no terceiro trimestre de 2022 na sua reunião de política monetária desta quinta-feira (14). 

O BCE estima que alterações nas taxas de juros da Zona do Euro, que atualmente estão zeradas, devem acontecer assim que o programa se encerrar, seguindo a tendência iniciada pelo Reino Unido no continente europeu. 

“Qualquer tipo de ajuste nas taxas de juros do BCE acontecerá após o fim programa APP [asset purchase program] e será gradual”, disse BCE. 

As falas do BCE acontecem em um momento crítica para a economia do continente. De acordo com dados de março, a inflação anual na Zona do Euro está em um patamar recorde de 7,5%. 

A inflação global é consequência de um mercado que começou 2022 assustado com a invasão promovida pela Rússia na Ucrânia. Atualmente no 50º dia de conflito, a guerra provoca problemas profundos no mercado de commodities, especialmente nos recursos energéticos. 

Nos Estados Unidos, a inflação anual atingiu 8,5%, a maior em 40 anos. Por lá, a taxa variável de juros já foi ajustada em 0,25 p.p., e seis novos aumentos devem marcar o ano, segundo o Fed. 

Atualmente, 38% da matriz energética importada para a Europa vem da Rússia, sendo que a Ucrânia é uma importante “ponte” para os gasodutos que saem do país de Putin. 


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Mesmo após sanções, moeda da Rússia já apresenta recuperação total: entenda o porquê


Abaixo, acompanhe o fluxo de gasodutos e oleodutos que partem da Rússia e abastecem o continente europeu: 

Image: National Geographic 

Em países como a Alemanha, a dependência da Rússia chega a 60% do abastecimento energético total. A guerra iniciada na Ucrânia, que provocou uma linha de sanções contra o governo de Putin, impediu que o volume de importações energéticas na Alemanha subisse, pois suspendeu os planos da construção da Nord Stream 2, que ligaria os dois países diretamente. 

A dependência a Europa do mercado energético russo é um dos motivos que impedem a União Europeia (UE) de abolirem as importações energéticas, como os Estados Unidos fizeram. A longo prazo, o bloco pretende trocar e explorar outras fontes de energia. 

Enquanto isso, o governo de Putin usa o monopólio para proteger a própria moeda. No início do mês, foi assinado um decreto que obriga o pagamento do gás natural, que atualmente é feito em Euro, em Rublo. 

Juan Tasso - Smart Money

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