Após dois dias de reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou hoje que decidiu por unanimidade elevar a taxa Selic para 5,25% ao ano. É o quarto aumento consecutivo da taxa básica de juros. Nas reuniões de março, maio e junho, o comitê havia elevado a taxa em 0,75 ponto percentual.
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A decisão foi tomada na 240ª reunião do comitê, a quinta neste ano de 2021, realizada entre terça (03) e quarta (04). A elevação da taxa em mais 1,00 ponto percentual ao ano já era esperada pelo mercado.
Em nota, o Copom cita preocupação com o avanço da variante Delta da Covid-19 no cenário internacional. No entanto, o cenário de estímulos fiscais ainda é favoráveis a economias emergentes como a brasileira.
“O Comitê avalia que, a despeito dos movimentos recentes nas curvas de juros, ainda há risco relevante de aumento da inflação nas economias centrais. Ainda assim, o ambiente para países emergentes segue favorável com os estímulos monetários de longa duração, os programas fiscais e a reabertura das principais economias”, apontou.
Segundo o Copom, indicadores recentes apontam para uma boa recuperação da atividade econômica, que não é um fator de preocupação para o comitê em suas projeções. Por outro lado, o avanço da inflação segue persistente e a mesma segue um fator de risco que podem deixar taxa de juros mais volátil e dificulta projeções.
“A inflação ao consumidor continua se revelando persistente. Os últimos indicadores divulgados mostram composição mais desfavorável. Destacam-se a surpresa com o componente subjacente da inflação de serviços e a continuidade da pressão sobre bens industriais, causando elevação dos núcleos”, afirmou o Copom.
”Além disso, há novas pressões em componentes voláteis, como a possível elevação do adicional da bandeira tarifária e os novos aumentos nos preços de alimentos, ambos decorrentes de condições climáticas adversas. Em conjunto, esses fatores acarretam revisão significativa das projeções de curto prazo”.
Com estas considerações, o Copom considera que o cenário é adequado para reestabelecer a Selic a um patamar neutro.
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Para 2021, o Copom espera que a Selic encerre o ano em 7,00% ao ano, ante 5,50% a.a. na projeção feita em junho. Já para final de 2022, a entidade espera que a taxa chegue ao patamar de 7,00 a.a. que caia para 6,50 a.a. em 2023.
Imagem em destaque: InfoMoney / divulgação
